Contra o Vasco, na Vila Belmiro, o Santos tem hoje, às 16h, a chance de espantar de vez a crise que, embora seja negada por todos, insiste em rondar o ambiente alvinegro desde a conquista do título paulista, sobre o Santo André, e a classificação para a decisão da Copa do Brasil que, assim como o Brasileiro, só volta após a Copa do Mundo.

Uma vitória contra o segundo pior time do Nacional garante ao elenco santista uma folga mais tranquila durante o Mundial. O que preocupa é que faz tempo que o futebol que encantou o Brasil desapareceu e, além disso, vários são os desfalques para a partida.

Sem Robinho, que está na África do Sul com a Seleção, o Peixe também não terá Neymar no ataque. O garoto cumpre suspensão e Madson, que até a última semana estava de saída, ganha a condição de titular. Outro atacante sem condições de jogo é Marcel, que recebeu o cartão vermelho na partida contra o Cruzeiro.

No meio-campo, mais um importante desfalque. Arouca, contundido, está fora e Rodriguinho novamente será titular. No gol, Felipe fica no banco. Assim como ocorreu diante do Cruzeiro no meio de semana, Rafael será testado mais uma vez e a tendência é que quando o campeonato se reiniciar, em agosto, o Peixe tenha um novo camisa um. Lauro, do Internacional, seria o primeiro da lista.

Apesar dos desfalques, o Peixe ainda pode ser considerado favorito. Seja pelo retrospecto em casa - na temporada tem aproveitamento de 84,44% dos pontos disputados, marcou 59 gols em casa (média de 3,93%) e sofreu apenas 16 - ou pelo péssimo momento atravessado pela equipe carioca, que no Brasileiro venceu apenas um dos seis jogos que disputou.

Até por isso, o técnico da equipe carioca, Celso Roth, admite que o empate na Vila Belmiro pode ser considerado um bom resultado. "Será um jogo muito difícil e, pelas circustâncias, somar um ponto não é de todo mal", declarou o comandante. Ele deverá escalar a equipe com três zagueiros e pede cuidado com os jogadores santistas.

Rafael comemora nova chance no gol santista
Enquanto a maioria dos jogadores considera a partida de hoje como a última antes do descanso de 15 dias durante o recesso da Copa do Mundo, Rafael celebra o maior acontecimento da carreira.

"Trabalhei desde muito novo para alcançar o objetivo de ser titular de um grande clube. Sei que será uma responsabilidade muito grande substituir Fábio Costa e Felipe num jogo dentro da Vila Belmiro."

Rafael Cabral Barbosa tem 20 anos e nasceu em Sorocaba. Aos 12 anos, deu os primeiros passos no futebol, na base do São Paulo. Foi para o Bahia, onde jogou por dois anos, e, antes de chegar ao Santos, passou pelo Ituano. "Não me espelho em nenhum goleiro. Quando comecei, os melhores eram Zetti e Marcos. Agora, considero Júlio Cesar acima da média."

O jogo contra o Cruzeiro, naquarta-feira (0 a 0), foi o primeiro de Rafael com a camisa santista. Antes, ele tinha atuado alguns minutos no amistoso contra o Red Bull, em março, nos Estados Unidos. "Acho que tive uma boa atuação e não quero perder a oportunidade para me firmar", aponta.

Madson - Outro que ganha uma chance na partida de hoje é o atacante Madson. Depois de se afastado do grupo (após a balada que resultou no atraso para a concentração) e colocado em disponibilidade. O baixinho foi perdoado, reintegrado e será titular. (Das Agências)