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Consórcio modular precariza relações
William Glauber
Do Diário do Grande ABC
06/05/2006 | 08:29
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Embora se articulem imediatamente para contornar as demissões de quase 6 mil empregados da Volkswagen no Brasil, os sindicalistas também se mobilizam para impedir que consórcios modulares de produção sejam implementados em todas as unidades da montadora no país. Já adaptada a esse processo, a planta de Resende (RJ), segundo os sindicalistas, já ilustra hoje o que pode acontecer brevemente em todas as fábricas da multinacional alemã.

Para os representantes dos trabalhadores das cinco plantas da Volkswagen reunidos em São Bernardo ontem, a adoção de novos processos produtivos na montadora pretende intensificar o processo de precarização das relações trabalhistas, sem garantir investimentos da multinacional na unidade fabril.

Atualmente, a planta do Rio de Janeiro conta com 2,1 mil trabalhadores terceirizados, 1.350 consorciados – trabalhadores das indústrias fornecedoras que atuam diretamente na linha de montagem – e apenas 500 empregados da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Resende e Região Siderlei Arcanjo, o Dibrúcio, diz, no entanto, que a implementação do consórcio modular não garante investimento à planta. “Recentemente, perdemos o projeto da SpaceFox para a unidade da Argentina. E, lá, a fábrica nem utiliza o sistema modular”, diz.



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