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Federação Paulista acerta patrocínio ilegal para árbitros

Federação Paulista acerta
patrocínio ilegal para árbitros

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
10/04/2015 | 07:00
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Denis Maciel e Rodrigo Corsi /FPF


Não bastasse a rivalidade entre os grandes e a ambição dos pequenos na busca do título do Estadual, a Federação Paulista apimentou a fase final do torneio. Ontem, após a reunião que definiu dia e horário dos jogos das quartas de final (leia na página 5), a entidade anunciou que a Crefisa e a Faculdade das Américas vão patrocinar os árbitros nas partidas decisivas. O problema é que as empresa também apoiam o Palmeiras, além do Tigre, que já está eliminado.

Vale lembrar que, conforme reportagens veiculadas no Diário em 2014, a Faculdade das Américas possui curso de Medicina ilegal em São Bernardo.

Segundo ordem da Fifa, a prática não é legalizada, uma vez que os apoiadores estão envolvidos com um dos clubes que seguem na disputa. “Anúncios de patrocinadores nas camisas de árbitros serão permitidos somente se não criarem conflitos de interesses com nenhum dos times participantes”, consta no artigo 15 do Regulamento de Organização de Arbitragem da entidade, que proíbe também inserção na parte frontal do uniforme, exatamente onde está o nome da financeira.

O presidente da comissão de arbitragem, coronel Marcos Marinho, disse que o patrocínio não será revertido. “Não importa que eles sejam patrocinadores do Palmeiras. Confio nos meus árbitros”, disse à ESPN. “A Fifa manda e organiza os campeonatos dela. A Federação Paulista tem seu próprio regulamento, seu jeito de agir e suas regras. A Fifa faz o que quiser com os campeonatos dela, com os da Federação Paulista é a gente que resolve. Não vamos voltar atrás, não há nenhuma possibilidade”, completou.

Representantes dos outros times envolvidos nas quartas de final não se opuseram à situação. “Não vejo nenhum problema nisso, não acho que é conflitos de interesses”, comentou Modesto Roma, presidente do Santos. “Se acreditar que pode ter alguma intervenção aí, é melhor eu desistir de tudo. Seria o fim”, disse Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians.




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