Política Titulo Atraso
Miriam entrega 9,3% de obras do PAC na região

Elogiada por Dilma Rousseff pela gestão ‘competente’,
a ministra do Planejamento conclui 22 dos 235 projetos

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
02/12/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Com data marcada para deixar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior (PT) encerra período de quatro anos – 2010 a 2014 – entregando apenas 9,3% das 235 obras acertadas junto às prefeituras do Grande ABC e financiadas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Muitas das intervenções programadas, que serão custeadas pela União e tocadas pelas administrações municipais, são consideradas estruturantes para áreas de saneamento básico, Saúde, Educação, Mobilidade Urbana, Esporte e Habitação.

Apesar do desempenho aquém do previsto, a presidente Dilma Rousseff (PT) se despediu da ministra, ao anunciar seu substituto – Nelson Barbosa –, na semana passada, com elogios. Para Dilma, o trabalho de Miriam foi tocado com “competência”, especificamente no “andamento das obras do PAC”. O programa é uma das principais bandeiras da administração petista e foi criado pela própria chefe da Nação quando foi ministra-chefe da Casa Civil no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na cidade natal de Miriam, Santo André, apenas 3,5% das intervenções foram concluídas, o segundo pior desempenho da região. No município, foram definidas 56 obras, cuja despesa inicial de todas elas está estimada em R$ 628,5 milhões. Só duas foram entregues: construção de galerias de águas pluviais na Vila Metalúrgica (ao custo de R$ 7,77 milhões) e bacias de amortecimento de cheias e urbanização da Vila Pires (R$ 4,4 milhões).

Em São Bernardo, a maior e mais populosa cidade da região, o desempenho chega a 8,4%. São 71 ações custeadas pelo PAC, com quantia avaliada em R$ 1,32 bilhão. As intervenções encerradas são ampliação de adutora e reservatório para abastecimento do Paço (R$ 9,84 milhões), Gasan 2 (duto de combustível da Petrobras, de R$ 140 milhões), plano local de Habitação (R$ 81 mil), provisão habitacional Três Marias (R$ 81,15 milhões), canalização córrego Chrysler (R$ 18,37 milhões) e recuperação urbana e ambiental da bacia do Córrego dos Alvarenga (R$ 16,24 milhões).

São Caetano assinou oito obras, as quais o valor inicial é de R$ 92 milhões. Concluiu apenas a ampliação da galeria de águas pluviais da Vila Gerty e do Jardim São Caetano (R$ 12 milhões).

Para Diadema, foram programadas 53 obras, que, pelos custos divulgados, ultrapassam R$ 279,8 milhões. Foram apresentadas a ampliação do SAA (Sistema de Abastecimento de Água) Norte e setorização do Campanário, Taboão e Canhema (R$ 3,33 milhões), ampliação do SAA e adutora do Parque Real e Jardim das Nações (R$ 10,12 milhões), plano local de Habitação (R$ 100 mil), plano de redução de riscos (R$ 250 mil), estruturação dos serviços da extinta Saned (Companhia de Saneamento Básico de Diadema, R$ 6,4 milhões), coletor tronco no Córrego do Curral (R$ 5,8 milhões) e unidade de transbordo de lixo (R$ 4,5 milhões).

Mauá tem previsão de 28 obras financiadas pelo PAC, com quantia estimada de R$ 840,4 milhões. Estão concluídas a melhoria de qualidade na Recap (Refinaria Capuava, de R$ 503,3 milhões), o plano de Habitação (R$ 75 mil) e o plano de redução de riscos (R$ 300 mil).

Em Ribeirão Pires foram acertados 13 projetos e só três foram inaugurados. Em Rio Grande da Serra, dos seis planos assinados, nenhum foi entregue. 




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