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Figurinhas da Copa do Mundo atraem colecionadores

Febre de juntar os cromos do álbum da Copa
do Mundo atrai fãs de todas as idades

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
14/05/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Toca o sinal para o intervalo no Educandário Santo Antonio, escola de Ensino Fundamental de Santo André, e dezenas de crianças saem correndo, não para o lanche, mas para trocar figurinhas do álbum oficial da Copa do Mundo. A cena se repete em praticamente todos os colégios e shoppings do Grande ABC, mostrando que o costume de juntar cromos dos jogadores não saiu de moda.

Rapidamente grupos são formados, alguns bem interessados nos números que faltam para completar a coleção e outros disputando as tradicionais partidas de bafo, nas quais os colecionadores apostam determinado número de figurinhas e tentam virá-las batendo com a palma da mão sobre elas.

Alguns garotos esbanjam habilidade para colecionar, caso de Alex Asminavicius, 10 anos, que já completou três exemplares do álbum. “Fiz um para mim e outros dois para meu pai e meu primo. Foi bem fácil”, conta o estudante, contrastando com uma colega que ainda está no começo da coleção. “Ainda faltam muitos números. Não tirei nem o Neymar”, revela Geovanna Muniz, 11.

Engana-se quem acha que o passatempo é exclusivo de crianças e adolescentes. Um dos mais aficionados do colégio é o porteiro Marcos dos Santos Pereira, o Marquinhos, que faz um tipo de agenciamento de cromos entre a entrada e a saída de alunos. “Fico com a lista das que faltam e as repetidas. Aproveito o tempo em que os alunos esperam os pais e aproveito para trocar. Perdi a conta de quantos álbuns ajudei a completar, mas o meu ainda está meio vazio”, confidencia.

Marquinhos revela que a chegada do álbum mudou a rotina de alguns pais, que agora fazem questão de ir buscar o filho na escola na expectativa de conseguir as figurinhas que faltam para completar a coleção. “Só atrasa um pouquinho a logística de entrar e sair dos carros”, brinca o porteiro.

Até mesmo a proprietária do colégio, Maria Dirce Zanoli Bernardes, e a professora Luciana Jackson entraram na brincadeira. Para a primeira, faltam apenas dois números que os próprios alunos fazem questão de conseguir, e a segunda usa até alguns minutos da aula para tentar completar a sua coleção.

“Já disse que os alunos que me ajudarem a completar a coleção terão boas notas”, brinca a professora Luciana, que tem cuidado extremo com o álbum. “Falo que é meu filho que coleciona, mas na verdade sou eu mesmo. Até retiro e colo novamente as que ele põe tortas no álbum”, assume ela.




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