Febre de juntar os cromos do álbum da Copa
do Mundo atrai fãs de todas as idades
Toca o sinal para o intervalo no Educandário Santo Antonio, escola de Ensino Fundamental de Santo André, e dezenas de crianças saem correndo, não para o lanche, mas para trocar figurinhas do álbum oficial da Copa do Mundo. A cena se repete em praticamente todos os colégios e shoppings do Grande ABC, mostrando que o costume de juntar cromos dos jogadores não saiu de moda.
Rapidamente grupos são formados, alguns bem interessados nos números que faltam para completar a coleção e outros disputando as tradicionais partidas de bafo, nas quais os colecionadores apostam determinado número de figurinhas e tentam virá-las batendo com a palma da mão sobre elas.
Alguns garotos esbanjam habilidade para colecionar, caso de Alex Asminavicius, 10 anos, que já completou três exemplares do álbum. “Fiz um para mim e outros dois para meu pai e meu primo. Foi bem fácil”, conta o estudante, contrastando com uma colega que ainda está no começo da coleção. “Ainda faltam muitos números. Não tirei nem o Neymar”, revela Geovanna Muniz, 11.
Engana-se quem acha que o passatempo é exclusivo de crianças e adolescentes. Um dos mais aficionados do colégio é o porteiro Marcos dos Santos Pereira, o Marquinhos, que faz um tipo de agenciamento de cromos entre a entrada e a saída de alunos. “Fico com a lista das que faltam e as repetidas. Aproveito o tempo em que os alunos esperam os pais e aproveito para trocar. Perdi a conta de quantos álbuns ajudei a completar, mas o meu ainda está meio vazio”, confidencia.
Marquinhos revela que a chegada do álbum mudou a rotina de alguns pais, que agora fazem questão de ir buscar o filho na escola na expectativa de conseguir as figurinhas que faltam para completar a coleção. “Só atrasa um pouquinho a logística de entrar e sair dos carros”, brinca o porteiro.
Até mesmo a proprietária do colégio, Maria Dirce Zanoli Bernardes, e a professora Luciana Jackson entraram na brincadeira. Para a primeira, faltam apenas dois números que os próprios alunos fazem questão de conseguir, e a segunda usa até alguns minutos da aula para tentar completar a sua coleção.
“Já disse que os alunos que me ajudarem a completar a coleção terão boas notas”, brinca a professora Luciana, que tem cuidado extremo com o álbum. “Falo que é meu filho que coleciona, mas na verdade sou eu mesmo. Até retiro e colo novamente as que ele põe tortas no álbum”, assume ela.
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