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Flamengo terá parada dura diante do Al Hilal, garante treinador Sérgio Soares

Ex-volante da equipe saudita nos tempos de atleta, atual técnico sugere cuidado ao Mengão

Dérek Bittencourt
17/12/2019 | 07:00
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<EM>Quando se fala na final do Mundial de Clubes, automaticamente se pensa no duelo entre Flamengo x Liverpool, em possível reedição da decisão de 1981, vencida pelos rubro-negros. Entretanto, às 14h30 de hoje, a equipe brasileira tem pela frente a semifinal do torneio. E do outro lado não estará um time qualquer. Pelo contrário. Quem conhece e já viveu o dia a dia do clube sabe do que o Al Hilal, da Arábia Saudita, é capaz. Com a palavra, Sérgio Soares, ex-técnico de Santo André, São Caetano e São Bernardo, e que, nos tempos de jogador, vestiu a camisa do time saudita em 1992/1993 e 1994/1995.

“Joguei no Hilal por duas temporadas e meia. Acompanho e posso dizer que tem bons jogadores, time com consistência, transição. Vai ser jogo interessante”, afirmou o treinador, que destacou dois jogadores do seu ex-time: o meio-campista brasileiro Carlos Eduardo e o atacante francês Bafétimbi Gomis. “O Flamengo pegará adversário que vai lhe causar dificuldade. O Hilal tem estilo de jogar com a bola no chão, sabe tocar e tem jogadores com poder de decisão. Não tem medo de jogar. Tem muita qualidade e chegou com muito mérito a este Mundial (nas quartas de final, eliminou o Espérance, da Tunísia, ao vencer por 1 a 0)”, emendou o comandante, que acredita na possibilidade de os árabes eliminarem os flamenguistas e provocarem mais uma zebra (leia mais abaixo).

“Se o Flamengo fizer jogo dentro da sua normalidade, leva. Mas se fizer o primeiro tempo como contra o River (Plate, na final da Libertadores), passará dificuldade”, decretou o técnico. Aliás, parte deste estilo dos sauditas foi implantada por Jorge Jesus, comandante rubro-negro, que treinou o time antes de vir ao Brasil.

Assim como é o caso do Flamengo no País, o Al Hilal é a equipe com mais fãs na Arábia Saudita, além de contar com as melhores situações econômicas. “O Hilal é o maior time de lá. Tem condição financeira absurda, porque é ligado à família real. É clube que tem a maior torcida, que tem seu estádio. Em jogos decisivos no Estádio do Rei coloca 80 mil pessoas. Isso mostra o quanto é popular”, contou.

E tal situação faz com que os jogadores da equipe tenham algumas regalias. “Uma vez, saí do CT e os torcedores me acompanharam até em casa. Numa outra oportunidade, fui a uma loja com meus filhos e um grupo de fãs não me deixou pagar”, relembrou. “Minha ex-esposa certa vez foi numa loja, o dono ficou sabendo quem era e disse que se o Hilal fosse campeão me daria jogos de cristais. É assim. O torcedor é apaixonado e você, dando a resposta positiva, é muito bem tratado”, concluiu.


Cariocas não querem ser vítimas da zebra

O Flamengo espera não ter problema que outros sul-americanos tiveram na última década nesta fase semifinal da nova versão do Mundial de Clubes. Internacional e Atlético-MG perderam, respectivamente, para Mazembe (Congo) e Raja Casablanca (Marrocos). O Atlético Nacional, da Colômbia, caiu frente ao Kashima Antlers, do Japão, enquanto no ano passado o River Plate foi eliminado pelo Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.

“Estamos vacinados sobre esse assunto. Nosso pensamento está no Al Hilal. Muitos brasileiros ficaram pelo caminho e não podemos repetir o erro. Se passarmos, pensamos na final”, afirmou o lateral Rafinha, que já conquistou o Mundial em 2013, pelo Bayern de Munique. “Seria um presente muito grande coroar esta temporada com esse título”, declarou o flamenguista.  




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