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Líder da CUT-SP na era Lula, Edílson se aposenta da política

Petista decide se afastar da vida pública após Donisete Braga perder a reeleição

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
15/11/2016 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


Presidente da executiva paulista da CUT (Central Única dos Trabalhadores) durante os dois governos do ex-presidente Lula (2003-2010), Edílson de Paula (PT) anunciou que vai se afastar da vida pública a partir do ano que vem. O petista nega que a decisão se deu após a derrota do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), de quem é secretário de Governo atualmente.

“Acho que já dei minha contribuição. Foram 30 anos nessa jornada, desde que fui líder sindical. Agora, quero me afastar de assumir cargos públicos ou ser candidato a alguma coisa. Já havia decidido isso antes mesmo da eleição”, frisou, ao completar que seguirá filiado ao PT e que contribuirá para “renovar o partido”. “Política é como futebol. A gente nunca deixa de torcer para o time. Fica na veia”.

Edílson comandou a CUT de São Paulo entre 2003 e 2009, período em que a entidade se fortaleceu devido à ascensão de seu principal líder ao Palácio do Planalto. O hoje secretário de Governo ganhou protagonismo na luta sindical no fim da década de 1980, quando trabalhou na indústria plástica. Na mesma época, nascia o PT.

O petista começou a ganhar terreno no Paço de Mauá em 2009, quando deixou o posto na CUT e virou secretário de Trabalho e Renda e de Desenvolvimento Econômico na gestão Oswaldo Dias (PT). Com a eleição de Donisete, ganhou protagonismo e assumiu espaço estratégico na administração. Edílson foi responsável por tirar do papel as PPPs (Parcerias Público-Privadas) da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) e da iluminação pública, ambas em andamento. Além disso, também encabeçou o processo de mudança na concessão das linhas do transporte público na cidade, em 2013.

O petista também rechaça ter decidido deixar o cenário político devido à maior crise institucional vivida pelo PT, cujos líderes têm sido alvo da Operação Lava Jato. Lula, inclusive, é réu em três ações que o acusam de corrupção. “Isso (prisões de petistas) não me assustou. Sair de cena não significa abandonar tudo. Só não quero mais assumir cargos públicos ou eventualmente ser candidato”, justificou. 




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