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Ibovespa cai 1,2% no acumulado do ano
Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/12/2010 | 07:11
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Entre dez importantes índices de Bolsas de Valores da América Latina e Estados Unidos, apenas o Ibovespa está negativo. Mas os especialistas avisam que o momento não é ruim para o pequeno investidor. Conforme pesquisa da Economatica, considerando o acumulado de 2010 até segunda-feira, o índice brasileiro apresentou decréscimo de 1,29%.

A segunda menor variação ficou por conta do norte-americano Dow Jones Index, com alta e 5,54%. Por outro lado, o peruano IGBVL (Índice General de la Bolsa de Valores de Lima) teve o melhor resultado subindo 47,2%.

O Ibovespa aponta a variação de grupo de ações muito negociadas na BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercados e Futuros de São Paulo), o que é visto como média do que acontece na Bolsa. Porém não reflete valorização de todos os papéis do mercado de capitais.

DESCIDA - A queda de quase 1% no ano é vista pelos especialistas como estabilidade em relação ao ano passado. "Depois de alta, é esperara estabilidade. Então queda de 1% não é nada perto da alta de 70% que o Ibovespa teve no ano passado", explica o professor e educador financeiro Mauro Calil, que é autor do livro A receita do Bolo

O sócio-fundador da Trader Gráfico, Carlos Martins, concorda que o cenário não é dos piores. "O Ibovespa está em patamar bem alto, na casa dos 70 mil pontos. E o ano foi de eleição. A incerteza sobre o próximo governo e suas decisões podem mudar o mercado", argumenta.

Calil e Marti concordam que o pequeno poupador não deve se assustar com o decréscimo de 1%. Muito menos comparar com outros países. "O investidor deve deixar, pelo menos, durante cinco anos o dinheiro investido em ações", afirmou Calil.

CONTAS - Considerando o período de cinco anos, entre 7 de dezembro de 2005 e quinta-feira, o Ibovespa valorizou 112%. Descontando o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do mesmo período, o rendimento real atingiu cerca de 87%, calcula Calil.

Comparando o ganho da poupança nos mesmos cinco anos, o aplicador teria 43% de retorno e, decontando a inflação, 18% de valorização real.

Mudança de governo causa apreensão nos investidores

A situação do Ibovespa, que aponta a média das ações mais negociadas na BM&FBovespa, não é diferente ao ocorrido no passado. A mudança de presidente causa apreensão nos investidores de modo geral.

O sócio-presidente da Trader Gráfico, Carlos Martins, lembra que, em 2002, a Bolsa de Valores também caiu. O estímulo para o fato eram as pesquisas que indicavam a mudança do governo Fernando Henrique Cardoso para Luis Inácio Lula da Silva.

"Naquela época o Brasil ainda dependia do FMI (Fundo Monetário Internacional). E os investidores tinham medo de que Lula desse o calote no fundo. Mas não aconteceu", destaca Martins.

O País, na época, tinha dívida com o FMI, organismo criado em 1945 e que tem como objetivo promover a cooperação monetária internacional, estabilidade cambial, acordos cambiais, crescimento econômico e altos níveis de emprego para os países-membros. De acordo com a enciclopédia financeira da Ordem dos Economistas do Brasil, hoje o FMI tem 184 integrantes.




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