Política Titulo IPTU
Lauro garante que alta real do imposto passará pela Câmara

Prefeito de Diadema nega intenção em reajustar tributo por decreto, apesar de enviar projeto de lei ao Legislativo que lhe oferece autonomia

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
29/11/2014 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), garantiu que não pretende alterar lei para ter autonomia para praticar aumento real no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) a partir de 2016 sem precisar pedir autorização à Câmara.

Em nota, o verde assegura que a intenção do governo é de acrescer o tributo por decreto “apenas o índice inflacionário do período”. “No projeto referente ao IPTU que enviei para votação na Câmara não pretendo ter autonomia para reajustar (a taxa) sem consultar a Casa”, diz.

Ontem, o Diário mostrou que o verde encaminhou ao Legislativo às pressas projeto que reajusta o IPTU para o exercício de 2015 em 6,59% e que estipula que os índices de acréscimo para os próximos anos sejam “estabelecidos por ato do Executivo”, ou seja, por meio de decreto, em vez de projeto de lei. O texto enviado por Lauro não deixa claro se os aumentos a serem praticados em 2016 em diante, de forma autônoma, sigam somente a correção inflacionária.

A proposta foi aprovada em primeira discussão na quinta-feira – apenas a bancada do PT foi contrária – e só não passou em definitivo porque a base governista ficou desfalcada. Parlamentares se queixaram do fato de o Executivo não ter apresentado a proposta com antecedência – o texto chegou no dia da sessão. A discussão final ficou para o dia 4.

A mudança ocorre menos de um ano depois de Lauro enfrentar resistência no Legislativo para conseguir emplacar reajuste de 17% na PGV (Planta Genérica de Valores), que serve como base de cálculo para o IPTU. À época, o projeto chegou a ser aprovado pela maioria dos vereadores, mas a proposta causou polêmica na Casa e virou alvo de ação direta de inconstitucionalidade no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), movida pelo Ministério Público.

“Nós achamos que podemos ajustar (o IPTU) por decreto e não há problema algum. Não estamos aumentando, é o índice da inflação”, explicou o secretário de Finanças, Francisco José Rocha. Para reajustar os carnês, o Paço utiliza a variação da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 




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