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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

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Sem Auto de Vistoria
Maior parte dos DPs de Diadema não tem AVCB

Documento garante que imóveis contem com rotas de fuga e estrutura adequada em caso de emergências

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
17/02/2021 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Levantamento feito pelo Diário junto ao sistema de consulta do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo mostra que mais da metade das delegacias e unidades da Polícia Civil em Diadema está sem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) vigente. O documento verifica quais são os potenciais riscos na edificação e estabelece rotas de fuga, pontos para extintores e onde há necessidade de portas corta-fogo. O Diário recebeu carta que denunciava a precariedade a qual têm sido submetidos policiais e população em imóveis com diversos problemas, como infiltração, rachaduras, umidade e panes elétricas.

Dos oito imóveis sob responsabilidade da Polícia Civil na cidade, apenas três estão em situação legal: o 1º DP (Delegacia de Polícia), no Centro, o 4º DP, no Eldorado, e a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), também localizada na região central da cidade.

As delegacias dos bairros Piraporinha (2º DP) e Taboão (3º DP) e a Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes), na Vila Nogueira, estão com os imóveis em situação de risco. O edifício do bairro Taboão abriga, ainda, a Seccional de Diadema e a Dicma (Delegacia de Investigações de Crimes contra o Meio Ambiente).

Além da falta do documento, é flagrante a situação de danos estruturais em muitos dos imóveis. A equipe de reportagem esteve na Delegacia do Idoso, localizada no Centro da cidade, e constatou grandes rachaduras na parte externa da edificação e muitas manchas que denunciam infiltrações no interior do equipamento. No 4º DP, no Eldorado, a parte externa tem muito mato e restos de veículos, locais aptos a se transformarem em criadouros do mosquito da dengue, especialmente nesta época do ano em que se intensificam as chuvas de verão e o calor.

Presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Grande ABC, Luiz Augusto Moretti ressaltou a incoerência de equipamentos que existem para garantir a segurança dos cidadãos não estarem de acordo com as normas de segurança para os funcionários e as pessoas que vão ao local buscar algum tipo de atendimento.

“Nos imóveis que são alugados, o AVCB deveria ser um documento obrigatório para que o negócio fosse fechado. Na maioria dos casos, a falta do AVCB está relacionada a problemas de acessibilidade ou falta de equipamentos, como um extintor de incêndio”, explicou o engenheiro. “São situações que podem ser resolvidas, basta que haja o investimento adequado”, destacou.

Moretti lembrou que qualquer incidente em uma dessas delegacias que resulte em ferimento e/ou morte de quem estiver lá dentro, certamente se reverteria em processos onerosos ao governo do Estado. O engenheiro afirmou que a Prefeitura precisa fiscalizar se os imóveis da cidade têm condições de funcionamento, e mesmo se tratando de unidades da Polícia Civil, tem poder de lacrar e impedir seu uso até que a situação esteja regular.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que o 2º DP e a Delegacia de Proteção do Idoso estão lotadas em prédios locados pelo poder público municipal, que já está adotando as medidas necessárias para emissão da documentação dos imóveis. Que também estão sendo elaborados projetos de revitalização para a Dise, 3º DP e a Delegacia Seccional.




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