O Brasil enfrenta a Argentina neste sábado e domingo, na Liga Mundial de Vôlei, para manter uma escrita: em 15 jogos, a equipe jamais foi derrotada pela adversária na competição. Nas duas primeiras partidas de abertura da Liga, os brasileiros superaram os argentinos por 3 sets a 0 e lideram o Grupo B, que ainda conta com Portugal e Finlândia. Os duelos serão às 10h, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, e será transmitido pela TV Globo.

Embora o retrospecto seja favorável ao Brasil, o técnico Bernardinho acredita que os jogos serão difíceis. "Não me prendo muito a estes números. Para perder, basta entrar em quadra. Os argentinos já nos enfrentaram no último fim de semana e conheceram melhor nossa equipe. Pretendo manter a base e talvez fazer alguma alteração durante a partida. Precisamos de ritmo de jogo", disse o treinador.

O ponta Giba também crê que a seleção terá mais dificuldade, apesar de o aproveitamento do Brasil ser superior ao da Argentina na Liga Mundial. "Vai ser mais fácil para eles nos marcarem, já que nos conhecem melhor depois dos últimos jogos. Mas estou confiante. Estamos com a cabeça boa e sabemos que estas partidas serão para pegarmos ritmo", afirmou.

O levantador Ricardinho lembra que a rivalidade sempre existe em um confronto entre os dois países, independentemente da modalidade. "Aposto que ninguém pensa nesse retrospecto. Sabemos o que é um jogo entre estas duas equipes. Eles vão vir com o jogo mais marcado. Não podemos relaxar", disse.

Único jogador da seleção que atuou no Telemig Celular/Minas na última temporada, o ponta Samuel poderá fazer sua estréia jogando pelo Brasil no Mineirinho. A última lembrança que ele tem do ginásio é da final da Superliga 2005/2006, na qual sua equipe foi derrotada pela Cimed (SC). "Essa partida vai ser minha estréia pela seleção no Mineirinho. Adoro Belo Horizonte, onde me sinto em casa, apesar de ter nascido em Curitiba", contou.

Argentina – O capitão da Argentina, o experiente oposto Milinkovic – que atuou no Brasil durante cinco anos –, confessou que dificilmente sua equipe conseguirá mudar o retrospecto contra os brasileiros na Liga Mundial. "O Brasil é o melhor do mundo, ganha tudo há vários anos. Estamos em um processo de renovação, acabamos de mudar três quartos do time. Vai ser quase impossível mudar esta situação. Estes dois jogos servirão para mostrar que evoluímos", afirma.

O técnico argentino Jon Uriarte, que comandou o Minas na última temporada e está bastante acostumado a Belo Horizonte, explicou que enfrentar o Brasil tem um sabor diferente. "Há muita rivalidade, é uma coisa bonita. Tenho muitos amigos no Brasil, mas queremos ganhar, é claro", completou. (Com Agências)