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Campanha para ajudar a salvar vidas

Após ser curado de leucemia, jovem faz ação para cadastrar doadores voluntários de medula óssea

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
26/05/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Sábado costuma ser um dia reservado para o lazer ou descanso, mas amanhã também será a possibilidade de salvar vidas. Das 10h às 14h, será realizada campanha para cadastro de doadores voluntários de medula óssea, na Paróquia São José, localizada na Praça Cônego Lázaro Equini, 243, bairro Baeta Neves, em São Bernardo.

A ação, que conta com o apoio da Ameo (Associação da Medula Óssea), foi idealizada pelo jovem Fabio Alan de Aguiar Correa, 25 anos. Quando cursava o último ano de Engenharia de Produção, em 2015, ele recebeu o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda das células T. “Estou curado, na fase de manutenção. Hoje faço campanhas de medula óssea porque, apesar de não ter indicação primária para o transplante, tento, ao menos, ajudar de alguma forma outras pessoas porque sei o sofrimento que elas estão passando”, fala ele, que se “apegou à fé para passar pelo momento mais difícil da vida”.

Um dos pacientes que o rapaz pretende ajudar é o pequeno Dhavi Henrique Santiago de Aquino, 4. O garoto tem osteopetrose, doença que provoca o desenvolvimento de ossos muito densos e quebradiços. “No caso dele, que nasceu com esse problema, somente o transplante de medula óssea pode curar”, frisa a mãe Laura Santiago de Oliveira, 32, que tem mais uma filha, Laysa, 15.

Ela lembra que os médicos tiveram dificuldade de chegar ao diagnóstico, ocorrido apenas em outubro do ano passado, atrasando a entrada do garoto na fila de espera pelo transplante. Em razão disso, a doença, que dificulta o crescimento, fez Dhavi ficar com a visão de um dos olhos embaçada, perder os dentes e ter a audição prejudicada parcialmente. “O problema pode causar ainda paralisia e falta de ar, porque os ossos vão comprimindo, e levar à morte por infecção. Vivemos um dia após o outro”, desabafa a mãe.

Para participar da campanha, basta comparecer à paróquia. Lá, será coletada amostra de sangue para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). A ação conseguirá fazer 500 coletas.

O cadastro realizado vai para o Redome (Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), que reúne informações de pessoas dispostas a doar medula óssea. Mais informações no site http://ameo.org.br/.




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