O secretário de Esporte e Lazer de Diadema, Antônio Marcos Ferreira da Silva (Solidariedade), o Marquinhos da Liga, afirmou ontem que o Água Santa é vítima de preconceito pelo fato de ter origem no futebol de várzea. A reclamação do secretário gira em torno das acusações extraoficiais de que o time teria como fonte de renda atividades ilíticias.

“Tudo isso é folclore. Os diretores do Água Santa são pessoas muito competentes e com comércio bem estabelecido em São Paulo. São empresas grandes, que prestam serviço até para o município. Se tivesse alguma coisa errada, todos já estariam sabendo, seria investigado passo a passo. As pessoas não sabem o sofrimento que é para colocar um time profissional em campo, as contas que o clube precisa pagar. Mas o Água Santa, na verdade, sofre essas acusações porque saiu da várzea, que é marginalizada. O pessoal usa essas coisas para arrumar desculpas”, criticou Marquinhos.

O secretário explicou que o dinheiro usado nas despesas do clube vem de oito empresários que investem no Netuno desde os tempos da várzea – ele, porém, não soube dizer quais seriam os investidores. Dissse ainda que o clube não conta com qualquer apoio de outra origem, inclusive da Prefeitura.

“Os empresários fazem divisões com alguns parceiros e ajudam o clube. Alguns deles pertencem a cooperativas de transporte, que se juntam e trazem o dinheiro para as despesas do time. Essa cidade respira futebol. Desde que criamos o clube, sabíamos que poderia ir cada vez mais longe. E quem apostou no Água Santa lá atrás, hoje colhe bons frutos”, disse Marquinhos. “Tanto o Água como o CAD (Clube Atlético Diadema) têm convênios iguais com a Prefeitura. Os pensamentos é que são diferentes. O CAD tem base forte. Eles revelam jogadores e depois querem vender, enquanto o Água Santa monta o time e quer atingir seus objetivos, chegar onde almeja, trabalha para não errar. Mas todos têm o mesmo tratamento”, finalizou ele, citando o CAD, rival do Netuno, que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, a última do futebol estadual.