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Reajuste na Justiça pode custar R$ 8 bilhões
28/05/2010 | 07:00
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Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decide se veta ou não o reajuste de 7,7% aos aposentados que recebem mais do que um salário-mínimo, uma conta muito maior ameaça bater nos cofres federais. O Congresso Nacional analisa projeto de lei que reestrutura os salários do Judiciário Federal e do Ministério Público, que custará a bagatela de R$ 7,8 bilhões por ano, com reajustes que chegam a 64,5%.

Pior ainda, o projeto pode iniciar efeito cascata em toda a administração pública, pois prevê que a remuneração bruta de um funcionário em topo de carreira será de R$ 32 mil, maior do que o teto hoje estabelecido, de R$ 27 mil.

Uma alternativa é aprovar lei elevando o valor máximo de remuneração do serviço público. Dessa forma, seria questão de tempo até que fossem aprovados novos reajustes para o Legislativo e para o Executivo. "Não tem dúvida que isso pode acontecer", disse o deputado Alex Canziani (PTB/PR), presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, onde o projeto do Judiciário está em análise. "É uma pressão difícil de segurar."

Canziani e um grupo de deputados da comissão estiveram na quarta-feira com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que avisou: o governo não tem como pagar mais essa conta. "Não tem recursos no Orçamento de 2010", afirmou.




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