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PT confirma secretário de Aécio como vice na eleição em BH
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28/04/2008 | 07:06
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O diretório municipal do PT de Belo Horizonte confirmou domingo a indicação da candidatura de Roberto Carvalho, deputado estadual pelo partido, como vice-prefeito da chapa liderada por Márcio Lacerda (PSB) para as eleições municipais na capital de Minas Gerais.

A escolha foi uma demonstração de que os petistas locais deverão enfrentar o veto imposto pela executiva nacional da sigla a uma aliança com o PSDB no pleito deste ano. Lacerda, deputado estadual e Secretário do Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, é o nome apoiado pelo governador tucano do Estado, Aécio Neves, para a sucessão.

Idealizador da aliança, juntamente com Aécio, o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), afirmou que a posição do partido na capital mineira é levar adiante a candidatura de Carvalho e Lacerda. Ele garantiu que continuará lutando pela idéia, apesar da resistência que vem encontrando.

Nesta terça-feira, a executiva nacional do PSB se reúne em Brasília para discutir o assunto. A decisão somente será tomada ao final do encontro, mas já há consenso entre os dirigentes do partido em um ponto: se os petistas da direção nacional forçarem uma opção do PSB entre o PT de Pimentel e o PSDB de Aécio, os socialistas ficarão com o governador – depois do veto da executiva nacional do PT à aliança com, o PSDB na capital mineira, a idéia de uma candidatura própria ganhou força entre os petistas.

Defesa - O objetivo do PSB é reforçar a posição do diretório municipal do PT, que fincou pé em favor da parceria ao confirmar a indicação de Roberto Carvalho para vice de Lacerda.

“Precisamos encaminhar decisão política que fortaleça a candidatura. Por isso, vou defender a aliança com PT e também com Aécio”, antecipa o senador Renato Casagrande (PSB-ES). “Há remédio para tudo, mas se alguém quiser se isolar, paciência.”

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) concorda. “A aliança foi feita e será mantida. Se o PT insistir em nos colocar contra a parede, ficaremos com o Aécio.” Ele insiste na tese de que, se em outros locais recusar apoio já é difícil, em Minas, que tem a tradição da conversa e da conciliação, “isto não cabe de jeito nenhum”.

A firmeza do PSB em favor da aliança é explicada pelo fato de os dirigentes socialistas avaliarem que o veto da direção do PT extrapola os limites de Minas e causa prejuízos nacionais ao projeto de poder da sigla.

A cúpula socialista acredita que o veto enfraquece a candidatura de Aécio ao Planalto como candidato da base e também a do deputado socialista Ciro Gomes, o qual protestou de público contra o veto do PT, classificando de “incompreensível e arrogante”.




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