Em Diadema, entidade alivia para Filippi; em Mauá, Marcelo é confrontado
Sindicatos que representaram os servidores públicos em Diadema e em Mauá, municípios governados pelo PT, adotaram caminhos diferentes para garantir reajuste salarial ao funcionalismo. A falta de avanço nas campanhas salariais nas duas cidades contrasta com os discursos pregados nas campanhas dos prefeitos petistas José de Filippi Júnior e Marcelo Oliveira.
Em Diadema, o Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) resolveu esticar a corda do diálogo com o governo Filippi mesmo passados dois meses da data base dos servidores e diante do insistente discurso do Paço de que não pode dar aumento porque a legislação federal (Lei Complementar 173/2020), aprovada no ano passado, impede a concessão de reajustes ao funcionalismo até o fim deste ano (de pandemia de Covid). A entidade sustenta que há brecha legal para ao menos a correção da inflação sobre os salários, mas tem descartado paralisações.
Na contramão, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Mauá decidiu ir direto à Justiça contra o governo Marcelo para garantir aumento aos servidores depois de a gestão petista usar o mesmo argumento para alegar que não há espaço para reajuste: LC 173. Assim como o Sindema, a entidade mauaense entende que os municípios possuem autonomia para decidir sobre a folha de pagamento e que falta vontade política.
“Se houver vontade política do prefeito e sua equipe de governo, temos como buscar uma solução que contemple a recuperação do poder aquisitivo dos trabalhadores da Prefeitura”, criticou o presidente do Sindserv Mauá, Jesomar Alves Lobo. Ex-vereador, Marcelo é ex-metalúrgico e oriundo do sindicalismo.
No início da semana, o Sindema voltou a promover assembleia para decidir os rumos da campanha salarial. Na ocasião, mesmo sob a defesa isolada de servidores por mais firmeza nas negociações, a categoria voltou a decidir por esperar. A posição não significa inércia, defende o presidente do Sindema, Ritchie Soares. “Acho que temos avanços. Fizemos diversas reuniões, atos na Prefeitura, produzimos materiais, fomos até a Câmara cobrar apoio dos vereadores e denunciamos quando o governo se negou a debater. A gente precisa de expertise para não queimar etapa e não prejudicar a mesa de negociação que está se estabelecendo.”
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