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Reali não descarta Michels, mas tem simpatia por Gilson
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/08/2011 | 07:06
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), não descartou ter como vice o vereador Lauro Michels (PSDB), que pretende conversar com o chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para viabilizar sua candidatura. No entanto, Reali afirmou ter "simpatia muito grande" pela manutenção de Gilson Menezes (PSB) como vice-prefeito.

O petista ressaltou o quadro instável sobre montagem da chapa para 2012 e condicionou a indicação do vice ao consenso entre aliados, algo que ainda está longe de ser atingido. Até por conta desse imbróglio o nome de Michels foi ventilado. Porém, Reali determinou que, se o vereador quiser entrar no páreo para indicação, terá de sair do PSDB.

"No mês passado, durante seminário do PT realizado na cidade de Sumaré (interior de São Paulo), ficou acordado que o PT não apoiaria o PSDB e o DEM como cabeça de chapa sem que passasse por discussão estadual. Ele (Michels) sair do PSDB é o primeiro passo da discussão", comentou.

Reali afirmou que, concretizada a desfiliação de Michels do ninho tucano, a próxima etapa será avaliar o potencial eleitoral do parlamentar. O prefeito utilizou como exemplo Gilson que, segundo o petista, foi fundamental na eleição de 2008 para bater o tucano José Augusto da Silva Ramos ainda no primeiro turno. "Vai depender muito de quem ele agregar. Política não se faz sozinho."

Apesar de não fechar portas para Michels, o petista disse que seu favorito para dividir chapa é Gilson. "Esse debate (da troca de vice) nunca foi pautado por mim. São os próprios aliados que cogitaram. Eu pessoalmente tenho simpatia muito grande pelo Gilson."

O processo, contudo, ainda terá de passar pelo crivo do PT. A legenda tem apoiado as falas de Reali sobre consenso na base aliada para retirar indicação do vice. Internamente, articula para lançar chapa pura, algo refutado pelo atual prefeito. Nos bastidores petistas, o que se comenta é que a sigla apenas aguarda a luta de governistas para impor nome próprio para repartir a legenda com Reali. O secretário de Governo, Osvaldo Misso (PT), é o mais forte para receber a bênção petista.

 

Rejeitado, Yoshio ainda segue nos planos do PT

Apesar de ter sido rejeitado pela militância do PT de Diadema, o ex-prefeiturável Ricardo Yoshio ainda segue nos planos da alta cúpula petista. O projeto, agora, é incluir o ex-vereador em sigla aliada para que Yoshio, se chegar à Câmara, integre a base de sustentação da administração de Mário Reali (PT), caso haja outra vitória nas urnas no ano que vem.

Reali lamentou a decisão da sigla em não aceitar a filiação de Yoshio e disse que vai trabalhar para reverter o posicionamento de grande parte do diretório municipal, que aprovou resolução proibindo coligação proporcional para vereador em 2012.

"Faço parte do diretório e nunca vi essa resolução. Porém, nossa política de aliança não depende somente de ter a Prefeitura. Precisamos aumentar a bancada de vereadores. E a definição da nossa chapa tem me deixado bastante preocupado", alertou Reali.




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