Toda família tem problema. Mas quando se fala de dinheiro, ele dobra de tamanho. Leo Plumb estava bêbado e drogado quando fugiu sorrateiramente da festa de casamento do primo levando junto uma das garçonetes. Dirigindo para longe dali, os dois sofrem um acidente de carro com graves consequências. Para dar um jeito na confusão causada pelo acidente, Leo precisou usar o dinheiro da conta da família – um dinheiro sagrado, a grana que os irmãos Plumb contavam para garantir seu futuro.

Entre os irmãos estão Melody, a mulher e mãe de gêmeas adolescentes, moradora do subúrbio, que tem uma hipoteca cara e duas mensalidades universitárias. É uma das irmãs de Leo: Jack, vendedor de antiguidades que escondeu do marido que para sustentar seu negócio teve que empenhar uma das propriedades do casal. E Bea, que um dia já foi considerada uma promessa da cena literária, mas que não escreve nem mais uma página. Eles ficam horrorizados ao descobrir que a mãe permitiu que Leo torrasse todo o dinheiro.

Ansiosos para terem de volta a parte que lhes cabiam, os irmãos marcam um encontro. Agora, os Plumb terão que superar antigos ressentimentos e deixar de apontar o dedo um na cara do outro se desejam ter a grana de volta, e precisam ser unidos como nunca estiveram. O livro A Grana, de Cynthia D'Aprix Sweeney (Editora Intrínseca, 336 páginas, R$ 37,40, em média), trás uma narrativa inteligente de como nossas expectativas sobre as outras pessoas são o que rege nossa vida, temperando a história com o ingrediente mais explosivo de qualquer boa briga de família: o dinheiro.