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Aniversariante, Santos avança na Libertadores com goleada
Por Fernão Silveira
Do Diário OnLine
15/04/2004 | 01:21
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Se o resultado não valia muito para a classificação do Santos na Copa Libertadores da América, a goleada de 5 a 0 sobre o Jorge Wilstermann (BOL), nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, serviu como um belo presente de aniversário pelos 92 anos do 'glorioso alvinegro praiano'. Jogando em ritmo de amistoso, os comandados do técnico Emerson Leão passearam em campo e fizeram bonito.

Líder garantido do Grupo 7 antes mesmo da última rodada, o Santos encerrou a primeira fase da Libertadores com a melhor campanha entre os 36 times da competição – 16 pontos (cinco vitórias e um empate). Nas oitavas-de-final, o Peixe terá pela frente a Liga Deportiva Universitária (LDU), do Equador, vice-líder do Grupo 4 – chave que teve o São Paulo (15 pontos) como primeiro colocado.

Depois da inesperada eliminação na semifinal do Campeonato Paulista, com uma goleada diante do São Caetano (0 a 4), o Santos não poderia ter reencontro melhor com sua insatisfeita torcida. Mas ninguém aproveitou a festa de 92 anos do Peixe melhor que o meia Diego. Autor de dois gols, seus primeiros na temporada 2004, ele saiu de campo ovacionado e não foi substituído por Leão – duas coisas raras nos últimos tempos. Elano, Preto Casagrande e Robinho completaram o massacre.

O técnico Leão, que anda cotado para ser substituído por Wanderley Luxemburgo, não pôde utilizar força máxima diante do Jorge Wilstermann. O ex-titular Doni, que vai ser dispensado, cedeu a camisa 1 a Júlio Sérgio – favorito da torcida. O zagueiro Alex, contundido na coxa, foi substituído pelo jovem Alcides, 19 anos. No ataque, Basílio, outro com contusão muscular, deu lugar a Elano. Preto Casagrande foi deslocado para o meio-campo.

O Santos começou em ritmo de festa e não demorou a colocar no placar sua infinita superioridade técnica sobre o Jorge Wilstermann. Aos 19, Elano recebeu de Robinho dentro da área e foi derrubado. Diego bateu o pênalti com raiva e fez 1 a 0. O gol deu ainda mais tranqüilidade aos donos da casa, que sequer eram ameaçados pelo adversário.

O placar mexeu de novo aos 40 do 1º tempo. Robinho, inspirado, colocou com precisão na área para o curinga Elano, que fuzilou sem dar chances de defesa para o goleiro Galarza: 2 a 0.

O passeio praiano continuou no segundo tempo, embora o Jorge Wilstermann tenha criado sua primeira (e única) oportunidade efetiva de gol. Logo aos 5, o atacante Nuñez disparou um petardo de fora da área e exigiu grande defesa de Júlio Sérgio. A torcida ficou com ainda menos saudades de Doni.

Mas o show santista tinha de continuar. Preto Casagrande também arriscou de fora da área, mas teve bem mais sucesso: a bola pegou na trave e morreu no fundo da rede. Santos 3 a 0, aos 10.

Ainda havia espaço para os xodós da Vila, Diego e Robinho, lavarem a alma. Aos 28, o meia Lopes (que entrou no lugar do lateral Paulo César) cruzou da direita e Diego completou com um chute certeiro no canto direito: 4 a 0. A torcida já estava extasiada, mas cabia mais. Aos 41, Diego invadiu a área e foi derrubado. A arquibancada pediu e o time atendeu, afinal, faltava o gol dele. Robinho cobrou com categoria no canto direito e sacramentou a goleada.

Apesar da classificação na Libertadores, o Santos 'esquece' o sul-americano, pois o duelo contra a LDU só começa em maio. As atenções estão voltadas agora ao Campeonato Brasileiro, que começa na próxima quarta-feira (dia 21). O Peixe enfrenta o Paraná Clube, em Curitiba, na rodada de abertura.




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