Rafael Silva encerrou a participação do País no judô com medalha de bronze. Pode-se considerar um feito o que o brasileiro da categoria acima de 100 kg fez. Após ter ficado seis meses parado – até janeiro – por conta de lesão, ele iniciou bem e enfrentou de igual para igual, nas quartas de final, o francês campeoníssimo Teddy Riner, que, depois, levou o ouro na Arena Carioca 2. Mesmo com o revés para a lenda do esporte, batalhou na repescagem para chegar ao honroso terceiro lugar.

“A torcida pressionou o adversário, me ajudou a todo momento. Muito diferente ganhar essa medalha com a torcida. (Teddy) Riner é um ícone do esporte, é um privilégio lutar com ele. Espero encontrá-lo em Tóquio-2020”, afirmou Rafael, que é conhecido como Baby.

O brasileiro iniciou sua caminhada contra o hondurenho Ramon Pileta, a quem derrotou com um ippon.

Nas oitavas de final, pegou o russo Renat Saidov. Após briga dura, o brasileiro foi para cima e conseguiu outro ippon.

Mas então surgiu Riner no caminho de Baby. O francês, que é hexacampeão mundial e segue sem perder desde 2008 – chegou à marca de 112 lutas sem derrotas na categoria –, mostrou por que é considerado uma lenda. Após troca de pegadas, o brasileiro foi punido. Em momento de desatenção, acabou surpreendido com wazari. Sem medo, atacou e brigou de igual para igual com o adversário, que deixou o cronômetro correr para sair vitorioso.

Na repescagem, contra o holandês Roy Meyer, Baby venceu nas punições. Pelo bronze, encarou o uzbeque Abdullo Tangriev e controlou a luta. Conseguiu um yuko e subiu ao pódio, para festa da torcida brasileira.

No feminino, Maria Suelen Altheman, da categoria acima de 78 kg, foi derrotada em sua primeira luta, nas oitavas – perdeu por yuko para a sul-coreana Minjeong Kim.