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Aliados, Dedé e Rosi trocaram farpa pós-pleito de 2012 em Ribeirão

Ex-secretária de Educação escreveu carta e citou ‘traição’; ambos dizem que questão está superada

Vitória Rocha
Especial para o Diário
02/08/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em 2012, quando eram companheiros de chapa, a ex-secretária de Educação de Ribeirão Pires Rosi de Marco (hoje no PSDB) assinou carta de repúdio pela retirada de processo contra o prefeito eleito Saulo Benevides (PMDB) por parte de seu parceiro de coligação e pré-candidato ao Paço Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Hoje unidos mais uma vez em dobrada encabeçada pelo popular-socialista, ambos declararam a questão como superada.

À época, a coligação de Dedé entrou com ação contra o então candidato à Prefeitura pelo PMDB no dia 31 de agosto, em meio ao pleito, acusando Saulo de abuso de poder econômico, alegando que ele teria usado um jornal local a seu favor e disponibilizado sua estrutura de campanha para bancar distribuição da publicação.

A Justiça Eleitoral de Ribeirão Pires, no entanto, inocentou o peemedebista quatro dias antes da votação. Apesar disso, o PPS municipal recorreu da decisão no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e a PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) sugeriu ao tribunal a cassação da candidatura de Saulo.

A questão não chegou a ser julgada por desistência da ação por parte de Dedé, que retirou o processo alegando não que havia motivos para continuar com a “guerra jurídica” e que prosseguir com a ação poderia “atrapalhar o andamento de Ribeirão”.

Por conta disso, os presidentes da coligação ‘Unidos para Seguir Avançando’, que abrigava PV, PR, PSDB, PTB, PSB, PCdoB e DEM, fizeram carta de repúdio em que se diziam “traídos pelo candidato Dedé” pela desistência do processo. Vice na chapa do popular-socialista, Rosi era do PV durante a eleição de 2012.

Questionados sobre o episódio, ambos disseram não ter restado rusgas. “Está totalmente superado. As questões de 2012 ficaram no passado. Até porque ele não retirou a ação, tirou o nome dele. Eu dei minha palavra a ele em 2012 e fui com ele até o fim. Agora a Justiça está feita e ele está apto”, disse Rosi, relembrando que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) reverteu rejeição de contas de Dedé de 2008, quando ele era presidente da Câmara, deixando-o livre para concorrer novamente ao pleito.

“Eu retirei meu nome, não a ação. Ali foi questão de momento. Acho que foi feita (a carta de repúdio) no calor da emoção naquela eleição. Ao longo desses quatro anos sempre tivemos conversas independentemente de posições políticas, a amizade existe”, afirmou Dedé.

Popular-socialista fecha com PEN e Pros

O PEN e o Pros agora fazem parte do arco de aliados do pré-candidato à Prefeitura de Ribeirão Pires Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Os partidos deixaram a base do ex-prefeito da cidade e novamente postulante ao Paço Luiz Carlos Grecco (PRB) por se mostrarem insatisfeitos com a recente aliança e nomeação do empresário Charles D’Orto (PSC) ao posto de vice na chapa de Grecco, na semana passada.

De acordo com a presidente do PEN e do Sineduc (Sindicato dos Professores das Escolas Municipais Públicas), Perla de Freitas, a aliança com o ex-chefe do Executivo ficou insustentável. “Nós estávamos no arco de aliados do Grecco, mas depois que ficou definido o vice a questão ficou complicada porque o candidato a prefeito passou a ter menos poder na chapa do que o vice. O Dedé conseguiu provar que é inocente e avaliamos que é a melhor opção, um prefeito que efetivamente governe”, afirmou.

No mesmo sentido, o vice-presidente do Pros, Julio Maria Lima, o Julião, confirmou a aliança com o popular-socialista e alfinetou Grecco. “Nós rompemos com o PRB porque (Grecco) é uma pessoa que não tem pulso, fala uma coisa de manhã e à noite faz outra. Promete coligações para todo mundo, não tem compromisso.” 




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