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Atrações rechearão dia especial

Eventos festivos marcarão passagem da Tocha Olímpica pelos três municípios do Grande ABC

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
23/07/2016 | 07:00
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Arte/DGABC


O dia da passagem da Tocha Olímpica pelo Grande ABC será recheado de atrações culturais e esportivas. São Caetano, Santo André e São Bernardo prepararam diversas atividades em diferentes pontos dos municípios a fim de envolvê-los na festa que cerca o símbolo olímpico na região.

Em São Caetano, que será a primeira cidade a receber a tocha, por volta das 11h35, três alunos do município que tiveram redações sobre o Brasil e os Jogos Olímpicos premiadas pelo Ministério da Educação terão a honra de acender a primeira tocha na lanterna de segurança e transferi-la ao primeiro condutor. Depois, eles se posicionarão na chegada do símbolo olímpico no Espaço Verde Chico Mendes e participarão da festa, marcada para 14h.

Além disso, a cidade inaugurará um painel com a imagem do ginasta campeão olímpico Arthur Zanetti no Centro Digital, localizado na esquina da Avenida Goiás com a Rua Oswaldo Cruz. A obra é assinada por Aleksandro Reis.

Em Santo André, além das apresentações musicais e esportivas, haverá pausa para foto oficial na Igreja do Carmo. Depois, no Parque Central, um cordão humano formado por professores e alunos de escolas municipais recepcionará a tocha, que irá à Concha Acústica do local, por volta das 16h30.

Cerca de uma hora depois, será a vez de São Bernardo. que programou apresentações de dança, circo e música, além de atividades esportivas, concentradas no estacionamento do Ginásio Poliesportivo, local onde será acesa a pira olímpica, estrela da festa, e onde a tocha pernoitará antes de seguir para a Capital, amanhã.

No Poliesportivo, haverá shows de celebração da orquestra de viola caipira da cidade e da Blue Light Blues Band, que deve encerrar a noite olímpica na cidade por volta das 21h.

Professora de Diadema estará no revezamento em São Bernardo e quer fazer a Tocha Olímpica plural

“Depois veio a carta falando que seríamos um dos condutores...” A frase de Jaci Mattos, presidente da AFPD (Associação dos Funcionários Públicos de Diadema), denota o que significa o sentimento de conduzir a Tocha Olímpica por São Bernardo. Ela não errou o tempo do verbo – é no plural mesmo. A professora, 47 anos, que ministra aulas de educação infantil em Diadema e na Capital desde os 19, faz questão de compartilhar o momento.

Jaci nasceu em São Bernardo, mas se considera diademense porque o município ainda não tinha hospital quando veio ao mundo. Tinha o sonho de ser professora, que conseguiu realizar em 1989. Iniciou sua trajetória em Diadema seis anos depois, com educação infantil. Depois de tantos anos no magistério, decidiu encarar um novo desafio e assumiu a AFPD, em 2015.

“Aqui estava abandonado. É triste, mas é real”, diz a professora, que faz questão de mostrar fotos de antes e depois do espaço localizado no Centro. Em pouco mais de 18 meses, conseguiu transformar o local, que existe desde 1968, e atrair o interesse da região oferecendo atividades esportivas, culturais e de lazer. Mas o grande expoente, que lhe rendeu a oportunidade de carregar a tocha, foram as festas, especialmente a do Dia das Crianças, em outubro.

“Nosso bairro tem muitas crianças carentes. Sabemos que a criança, desenvolvendo essas atividades, vai sair da marginalidade. Na festa, ela se sente valorizada, vai ter uma recreação. É algo que não tem preço”, afirmou ela, que reuniu cerca de 500 pessoas na festividade.

Apesar disso, o momento mais marcante não foi a festa em si, mas sim o sorteio de duas bicicletas. “A menina (sorteada) estava sozinha e eu pedi para chamar a mãe. Só não imaginava que a mãe dela não estava na festa. E ela sumiu. Um amigo nosso a conhecia e foi atrás porque ela saiu desesperada de tanta emoção. E depois ela chegou toda feliz com uma tia. Foi emocionante”, lembrou.

Como ela própria diz, conseguiu transformar a AFPD por determinação. E não parou por aí. Contou sua história ao Bradesco, que a selecionou para ser uma das condutoras. E ela já tem planos para a tocha, que será plural, assim como o tempo que ela costuma empregar nos verbos. Ao fim dos 200 m de caminhada, o item será levado para ser visto pela cidade, e depois será doado para o acervo da AFPD.

“Ela (tocha) não é minha, é nossa. Ela é de todos. Quem passar aqui vai saber que a associação participou do evento e aqui está a tocha original. Não sinto ela como minha, mas como nossa”, explicou.




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