Música erudita da melhor qualidade no parque, ao ar livre, e de graça. Esse foi o programa deste sábado de cerca de 2,5 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, que compareceram ao Parque Regional da Criança Palhaço Estremelique, no Parque Jaçatuba, em Santo André, para assistir a apresentação da Orquestra Sinfônica de Santo André. Paralelamente, o público, recheado de baixinhos, participou e aprovou as várias ações de preservação da natureza oferecidas pelo projeto Acorde para o Meio Ambiente, criado pela Pró Cultura Marketing Cultural e Eventos, de São Paulo.

Por sinal, Santo André abriu neste sábado a temporada 2004 do projeto, instituído em 2003 e que tem por objetivo levar a população aos parques do Estado de São Paulo e despertar a consciência ambiental, de acordo com Jussara Gontow, criadora e organizadora do evento. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, aliás, é parceira no projeto, que uma vez por mês chega a um diferente parque do Estado. O próximo será o Anelinas, em Cubatão, no dia 1º de Maio.

A experiência agradou até mesmo o secretário de Cultura de Santo André, Acylino Belissomi. “Eu acho uma maravilha, e poderíamos reproduzir em vários parques da cidade. É uma pena que a estrutura para a apresentação da orquestra acaba sendo muito grande e cara”, afirmou, enquanto circulava pela área vip do evento. Jussara informou que a Orquestra Sinfônica foi contratada especialmente para o concerto.

A novidade, realmente, agradou a todos. Dos mais novos aos mais velhos. O público enfrentou o forte calor. Alguns, procuraram a sombra das árvores. No entanto, a grande maioria ocupou uma das 1,5 mil cadeiras oferecidas pela organização. Foi o caso da dona de casa Maria Olimpia Campos Nemer, 56 anos, moradora vizinha ao parque, que levou a neta Ingrid Nemer, 3 anos, para acompanhar o concerto. “Vale a pena por uma boa música”, afirmou a avó, que chegou às 10h45 para acompanhar a apresentação da orquestra. Ingrid, que escolheu a roupa para o concerto no parque, gostou mesmo dos balões coloridos e do livro da história do gás que ganhou.

Emoção – Sentada nas primeiras filas, compenetrada e com o balançar da cabeça acompanhando o ritmo da música, lá estava a enfermeira afastada do Estado Maria de Lourdes Barreiro, 65 anos, moradora no Jardim Alvorada, em Santo André, que não perdia um detalhe da orquestra regida por Flavio Florence. No fim do espetáculo, ela foi a primeira a levantar e aplaudir os músicos. “Eu estava emocionadíssima”, contou Maria de Lourdes, logo após os 13 minutos mágicos da música Bolero, de Maurice Ravel. O público, aliás, acompanhou a dona de casa, em pé, com as palmas.