O número de vítimas de homicídios no Grande ABC registrou queda de 53,85% em novembro deste ano em relação ao mesmo mês de 2014. Segundo as estatísticas criminais divulgadas ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), ano passado foram 26 ocorrências do tipo na região, contra 12 neste ano.

A redução no acumulado dos números dos sete municípios da região foi superior aos resultados alcançados pela Capital (-6,74%) e Estado (-16,40%).

Apenas dois municípios do Grande ABC tiveram alta em seus índices. Diadema registrou dois assassinatos em novembro deste ano, contra um no mesmo período de 2014. Já Mauá apresentou aumento de 50%. Foram três casos em 2015, contra dois no ano passado.

Segundo o comandante da PM (Polícia Militar) na região, coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, a queda é o resultado de novo comportamento da população das sete cidades. “Percebemos que as pessoas estão menos violentas ao longo do ano. Um dos fatores que contribuíram para isso foi o difícil acesso desses indivíduos a armas de fogo. Sem essa oportunidade, os crimes caem.”

Os índices de furtos de veículo também apresentaram redução em novembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 810 casos em 2014, contra 721 neste ano, queda de 10,99%.

Novamente, a redução registrada na região foi superior aos resultados alcançados pela Capital (-7,52%) e Estado (-4,29%).

AUMENTO

Segundo dados da SSP, os índices de roubo e furto gerais e roubo de veículos registraram aumento no último mês em relação a novembro de 2014.

O índice de roubos gerais foi responsável pelo maior aumento, de 26,11%. Foram 2.007 ocorrência em novembro de 2014, contra 2.531 no mesmo mês deste ano.

No caso de roubo de veículos, a alta foi de 5,04%, de 1.051 ano passado para 1.104 casos em 2015.

Já as ocorrências de furto geral saltaram de 1.761 casos em 2014 para 1.908 no mês passado, aumento de 8,35%. O índice acompanhou a alta registrada pela Capital (2,43%) e Estado (5,27%).

Para o coronel Cortez, o aumento desses crimes já está sendo objeto de estudos por parte da corporação. “É muito cedo para cravar essa informação, mas já estamos trabalhando com a hipótese de que o crescimento desses números pode ser atribuído à crise financeira que o País vem enfrentando.”

Segundo Cortez, além desse fator ainda vem acontecendo na região um desequilíbrio entre as ações da PM e demais órgãos. “Existem muitos fatores que não dependem só de nós, da polícia, e, infelizmente, até mesmo a população tem contribuído para essa alta dos indicadores. Em razão disso, intensificamos nossas ações de fim de ano para esse público pedindo maior cuidado com seus pertences.”