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Siraque e a carta de recomendação
Beto Silva
11/12/2015 | 07:00
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Desde o fim de setembro há movimentação para alocar o ex-deputado federal Vanderlei Siraque (PT) na chefia de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Muitos têm se espantado com a importância do cargo para o petista, derrotado por Aidan Ravin (PSB) na corrida pelo Paço de Santo André em 2008. Há uma explicação curiosa sendo disseminada no meio político regional.

Siraque está sem espaço para integrar qualquer uma das três administrações comandadas pelo PT no Grande ABC. Carlos Grana (PT-Santo André), Luiz Marinho (PT-São Bernardo) e Donisete Braga (PT-Mauá) evitam nomeá-lo, pois já estão com as funções de primeiro escalão preenchidas. Dessa forma, resolveram juntar forças para indicar o ex-parlamentar em um posto de certa relevância junto ao Palácio do Planalto. Tudo para não desprestigiá-lo, já que teve 53.285 votos para a Câmara Federal ano passado, apesar de negarem abrigo em suas cidades. Siraque gostaria mesmo de ser presidente da Fundação do ABC no mandato 2016-2017, indicado por Grana. Foi preterido. Mas não reclamou publicamente. Está no aguardo de um posicionamento até o início do ano, quando a nomeação deve ser efetivada. Como está na moda esse negócio de carta, o ex-deputado deve levar consigo uma de recomendação dos prefeitos.


Pegou mal
Ontem, durante inauguração da UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Ipê, no bairro dos Casa, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), fez vistoria no local com profissionais e deixou de lado a secretária de Saúde, Odete Carmen Gialdi. O titular da Pasta de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli (PT), pré-candidato do governo à sucessão, foi colocado na linha de frente, sendo apresentado aos trabalhadores e exaltado nos discursos. Natural para quem tem de se tornar mais conhecido para elevar a popularidade junto ao eleitorado. Mas deixar a secretária escanteada pegou mal.

Para voltar
O ex-vereador de Santo André Marcos da Farmácia deixou o ninho tucano e vai tentar retornar à Câmara pelo PSB. Na prática, avalia que tem mais chances de vencer o pleito ao lado do pré-candidato a prefeito Aidan Ravin (PSB) do que com o ex-aliado Paulinho Serra (PSDB), que também entrará na corrida pelo Paço.

Nova decoração
O mais novo item de decoração do gabinete do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), é uma escultura do goleiro Cássio, do Corinthians. O chefe do Executivo, corintiano doente e amigo do goleiro, recebeu ontem visita de cortesia do ilustrador Fernandes, deste Diário, que produziu a peça. 




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