A ampliação do Estádio do Inamar, em Diadema, que sediará os jogos do Água Santa na Série A-1 do Campeonato Paulista no ano que vem, corre risco de embargo por parte da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Apesar disso, a obra continua a todo vapor.

Depois de laudo emitido, constatando desmatamento e movimentação ilegal de terra feitos no estádio, que feriram área de proteção ambiental, a companhia estadual confirmou que enviou auto de infração ao governo do prefeito Lauro Michels (PV), por falta de licenças. A oficialização, de acordo com a Cetesb, ocorreu no dia 28, após diálogo com a Prefeitura diademense.

A obra, que ampliará a capacidade de 6.250 para 10 mil lugares, é custeada pelo clube diademense, que ganhou a concessão da praça esportiva em 2013 das mãos do chefe do Executivo.

“Estamos solicitando as informações pertinentes, referentes ao tal responsável (nome, endereço, CNPJ) e mesmo com relação a documento que comprove a transferência de uso da área (pela Prefeitura, para quem de direito, e o que efetivamente foi autorizado quanto ao uso), não as tendo recebido até o momento”, informou a companhia estadual.

O Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) já ingressou com ação no Ministério Público pedindo embargo da obra, justamente por conta do desrespeito ao meio ambiente.

A Cetesb acrescentou que “como a Prefeitura não havia fornecido as informações solicitadas, foi emitido um auto de infração de penalidade de advertência e entregue à administração”.

Pelo governo Lauro, o secretário de Esportes, Antônio Marcos Ferreira da Silva, o Marquinhos da Liga, negou irregularidades. O titular da Pasta voltou a reforçar que “não há motivos para paralisar obra”. “O Água Santa está realizando o serviço com a supervisão da administração (municipal). E o clube está correndo atrás de todas as documentações. Para mim, essa obra não para nem mesmo com a Cetesb, pois está tudo encaminhado”, rebateu.

Marquinhos adicionou que não acredita em entraves por se tratar de ampliação. “O estádio já existia. O que está sendo feito é aumento de capacidade para atender exigência da Federação”, disse.