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Frio e chuva não espantam fãs de padre Fábio de Melo em show

Público foi menor, mas enfrentou até lama para ver ídolo católico de perto

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
09/06/2012 | 07:00
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Frio, chuva e barro foram a companhia das cerca de 5.000 pessoas que foram ao estacionamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), na noite de ontem, acompanhar o show do padre Fábio de Melo no segundo fim de semana de festa junina na cidade.

Se em dias anteriores, o público ultrapassou 25 mil pessoas, ontem quem enfrentava as adversidades o fazia especialmente pela devoção ao padre cantor. "Não teria outro motivo", disse a aposentada Maria Sampaio, 62 anos. "Sempre vejo ele na televisão e escuto todas as suas músicas", garantiu. "Ela pediu tanto que a gente não teve como negar e trouxemos ela aqui", ressaltou o filho, Cléber Espósito, 29.

Assim como a aposentada, o público era formado essencialmente por idosas, sejam acompanhadas da família ou em grupos. Caso de Adelaide Bezerra, 58, que junto de outras quatro amigas, saiu da Vila Rica para ver o padre de perto. "O que é frio perto da chance de ouvi-lo cantar?"

Fábio de Melo entrou no palco precisamente às 21h37, mas nem todos os presentes estavam ali para cantar seus sucessos. Longe do palco, o autônomo Ézio Vargas, 38, aproveitava a noite ao lado da mulher e da filha de 7 anos. "Elas adoram esse tipo de festa e vim todos os dias até agora", afirmou. Dizendo-se fã do padre, ele se mantinha longe do aglomerado de guarda-chuvas que se formou em frente ao palco principal para aproveitar as barracas. A menina, feliz, não se mostrava satisfeita apenas com a bola que ganhou. "Ela está toda suja de barro, mas não que ir embora de jeito nenhum."

A dupla Hosana e Humberto abriu a noite na Craisa e, após arriscar repertório de bandas estrangeiras, teve que recorrer para sucessos religiosos a fim de ganhar a plateia presente. Os poucos jovens entre o público deixavam claro suas metas na noite. "Tomara que o padre me abençoe para que eu ganhe uma companheira até o Dia dos Namorados", pedia o auxiliar Renan dos Santos, 27, Morador do bairro Camilópolis, que aproveitou a proximidade para aproveitar a noite. "Santo André deveria ter mais eventos como esse. Quando tem, não podemos perder."

O vendedor Fabio Henrique de Jesus, 32, concorda. Sempre presente em eventos da cidade, aproveitava o mau tempo para fazer propaganda das suas capas. "Só vendi três até agora", lamentou, sem perder a fé. "Tenho certeza que o público vai aumentar até o fim da noite." Certamente o lucro será maior hoje, com o show do Turma do Pagode, às 19h.




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