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STF mantém processo contra a Matarazzo
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
08/11/2007 | 07:09
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O STF (Supremo Tribunal Federal) negou o pedido de suspensão da ação movida contra a responsável pelas Indústrias Reunidas Matarazzo, Maria Pia Matarazzo.

A empresária responde por crimes ambientais promovidos pela planta química do grupo, no bairro Fundação, em São Caetano, entre 1932 e 1987, quando a divisão encerrou suas atividades.

Entre 1995 e 1997, durante uma investigação da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), foram encontrados altos índices de mercúrio e BHC, inseticida proibido no País desde 1985.

Desde então, as Indústrias Matarazzo são intimadas a remediar a contaminação do solo da antiga fábrica. Apesar da série de multas, que somam pelo menos R$ 180 mil, nada foi feito.

Em fevereiro do ano passado, atendendo a um pedido da Justiça, a Cetesb advertiu Maria Pia Matarazzo, atual responsável pelo grupo, para que fosse apresentado um projeto de descontaminação da área.

Em julho, a Matarazzo finalmente atendeu à determinação da Justiça e apresentou um cronograma para a remediação do solo. Seriam necessários 45 dias para o reconhecimento da área e mais 15 para a apresentação do plano de trabalho no local.

“Estivemos lá e vimos que nada havia sido feito”, afirma Luís Antônio Brum, responsável pela Cetesb na região.

No pedido de arquivamento do processo, Maria Pia alegou que não havia provas concretas da existência de crime ambiental e solicitou a realização de perícias no local. O STF considerou desnecessário o procedimento nesse caso.



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