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Estações de trem serão reformadas
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
13/02/2005 | 15:07
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As nove estações de trens do Grande ABC devem passar por reforma para facilitar o trânsito de pessoas idosas e deficientes físicos. As estações receberão esteiras e escadas rolantes. Não há prazo para o início dos trabalhos, mas a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) diz que no mês que vem começa a ser desenvolvido o projeto detalhado que definirá as mudanças em cada uma das estações. As obras abrangem toda a linha D, que compreende as estações da região e outras quatro de São Paulo. O investimento está orçado em aproximadamente R$ 400 milhões.

A reestruturação prevê rampas de acesso junto a lances de escadas, banheiros adaptados para portadores de deficiência física e elevadores em alguns casos. Hoje, para um usuário de cadeira de rodas circular nas estações de trens da região é uma verdadeira odisséia. As estações dos centros de Santo André e de Mauá, as mais movimentadas da região, têm vários lances de escada. Para entrar no trem, o deficiente físico e o idoso só conseguem com a ajuda de guardas.

Em novembro, foi aberto processo de licitação para escolha da empresa que fará o projeto. A licitação está prevista para terminar nos próximos dias. A expectativa é que todas as estações estejam reestruturadas até 2012.

O longo prazo se deve ao volume de dinheiro para a realização de todo trabalho. A CPTM ainda não tem certo de onde virão os R$ 400 milhões necessários para as reformas. Se do próprio orçamento ou de convênios com prefeituras.

Histórico – Segundo a arquiteta e urbanista Silvia Passareli, a preocupação com o acesso de portadores de deficiência física surgiu apenas na década de 1940, com o fim da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, o respeito ao portador de deficiência física começou no Brasil na década de 1990. "Mas, a maioria dos acessos ficou restrita aos prédios mais novos. É comum encontrar prédios públicos que ainda são inacessíveis ao deficiente físico", afirma a urbanista de Santo André.

Entre os prédios estão as estações de trens do ABC. São espaços antigos, alguns construídos no século XIX. É o caso da parada de Ribeirão Pires, obra de 1885, e Rio Grande da Serra, erguida em 1867. Por conservarem traços da arquitetura original, as duas podem se tornar centros de visitação turística. Assim como a reforma das outras estações, a CPTM ainda não definiu detalhes do projeto ou datas de implantação.

O gerente de projetos de transporte da CPTM, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro, pretende desenvolver convênios com os municípios. Ribeiro diz que chegou a ter uma conversa preliminar com a Prefeitura de Rio Grande da Serra, que considerou pertinente a idéia.

No lugar das atuais estações, que serão desativadas durante o processo, devem ser construídos dois novos postos de embarque, um em Ribeirão Pires e outro em Rio Grande da Serra. Para viabilizar as obras, que se somará aos cerca de R$ 400 milhões previstos para as obras de acessibilidade nas estações da linha D, a CPTM adiantou que pretende dividir os custos com os municípios.




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