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Dinei recorda evolução do Netuno

Ex-jogador do Corinthians teria motivado profissionalização após aparecer em programa de TV com camisa do Água Santa

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
03/05/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A simples exposição de uma camisa de futebol na televisão teria se tornado a motivação para que o Água Santa se tornasse um time profissional. De acordo com o secretário de Esporte e Lazer de Diadema, Antônio Marcos Ferreira, o Marquinhos da Liga, a ideia para a profissionalização do Netuno se deu em 2011, quando estava assistindo o programa A Fazenda, da TV Record, e viu o ex-atacante Dinei com a camisa do clube.

Precursor da história, o ex-jogador que chegou a defender o Água Santa no futebol amador confirmou o fato. Mas ressaltou que não tinha a noção do que poderia representar vestir a camisa do então clube da várzea em rede nacional.

“Estava conversando com o Marquinhos (presidente da Liga de Futebol Amador de Diadema naquela oportunidade), e com os diretores do Água Santa, que na época era time da várzea. Contei que ficaria 90 dias ‘preso’ e eles acharam que era por causa de pensão (risos). Quando viram que era por causa de um programa de TV, ficaram surpresos. E a camisa ganhei de presente. Mas não me deram como uma estratégia de marketing e, sim, pela amizade. Passei a usar ela lá dentro (da Fazenda). Depois que me viram na TV com a camisa do Água, todo mundo me perguntava o que era aquilo. A coisa foi crescendo e descobri que tiveram a ideia de fundar o clube por causa disso”, explicou Dinei.

Feliz com a campanha do Água Santa na Série A-2 do Paulista e com a cada vez mais próxima e real possibilidade de o time estar na elite do futebol estadual no ano que vem, o ex-jogador parabenizou o clube, mas pediu bastante atenção, principalmente à diretoria, caso o time consiga mesmo o acesso.

“Até outro dia, o Água Santa era um time da várzea. Agora, se tornou profissional. Aquela brincadeira que fiz em A Fazenda virou coisa séria. Mas agora o papo é outro. Já joguei a Série A-2 e a Primeira Divisão. São campeonatos completamente diferentes. Na Série A-1, se pratica futebol mais técnico, qualificado. Acho que o clube precisa contratar pelo menos mais quatro ou cinco jogadores de nível, senão será complicado.”

O folclórico ex-jogador ainda comparou a torcida do Água Santa com a do Corinthians, clube no qual passou a maior parte da carreira e conquistou três vezes o Campeonato Brasileiro. “Guardadas as devidas proporções, o Água Santa é como o Corinthians, tem esse negócio do time do povo, da raça, da torcida fanática que, se precisar, dá o sangue pelo clube. Se montar um time legal, pode ter certeza que não cai. E ainda faz bonito na Série A-1. O mais difícil é subir. A Ferroviária, por exemplo, demorou 18 anos para conseguir isso”, concluiu. 




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