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Só cinema pra trazer Rush
Ângela Corrêa
14/06/2010 | 07:02
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Eles não afundaram carros em piscinas, não cheiraram o próprio pai e (aparentemente) não tiveram participação digna de nota em orgias com outros rockstars e suas respectivas groupies. Não, o Rush nunca foi uma banda de comportamento selvagem. Mesmo assim, o trio canadense tem muita história para contar.

Grande parte está no documentário Rush - Beyond the Lighted Stage (subtítulo retirado de trecho do hit Limelight), que terá exibição única no Brasil na quinta-feira (dia 17), às 21h, incluindo uma sala no Grande ABC: Cinemark do Shopping Grand Plaza, em Santo André. Oportunidade imperdível para qualquer geek rocker (é, os fãs do rock progressivo do Rush têm fama de nerds), já que uma possível turnê pela América do Sul ainda não se confirma. Os ingressos já estão à venda nas bilheterias dos cinemas ou pelo site www.ingresso.com.

Geddy Lee (voz e baixo) e Alex Lifeson (guitarra) montaram a banda há 42 anos, em Toronto. São amigos desde o ensino fundamental. E há fotos dos dois garotos esquisitos e sorridentes no colégio para provar essa proximidade. Já cabeludos, apresentavam-se como dupla.

Até que decidiram: "Precisamos de um baterista!". Alguns músicos foram responsáveis pelas baquetas até que Neil Peart as assumisse em definitivo a partir de 1974. Nascia a fama de virtuosos.

Especialista não só nas viradas do hard rock mas também um grande apreciador do jazz, Peart logo se tornou conhecido como um dos principais bateristas de todos os tempos e logo assumiria também as letras.

As primeiras imagens da formação definitiva (que compõem o pôster de divulgação do longa-metragem) parecem ter sido retiradas de filmes ambientados nos anos 1970, como Quase Famosos. Cabeleiras, mullets e bigodes espessos são mostrados em cenas raras do trio. Apesar do inegável valor harmônico de suas composições, foram alvo de muitas críticas, sobretudo quando se tratava do agudo e - por vezes esquisito - vocal de Geddy Lee. Em algumas resenhas, o som que fazem é descrito como "enfadonho, depressivo e datado". "Tiravam sarro da gente de maneira persistente", confessa o vocalista.

Depoimentos - Mas nada disso impede que a banda seja cultuada pelos chamados hardcore fans, que têm voz no documentário (alguns em seu centésimo show). Porém, o valor de culto fica explícito mesmo quando músicos de todos os tempos dão depoimentos sobre a banda. Billy Corgan (The Smashing Pumpkins), Taylor Hawkins (Foo Fighters), Vinnie Paul (Pantera), Mike Portnoy (Dream Theater), Tim Commerford (Rage Against the Machine) e Kirk Hammet (Metallica) não negam a influência. Mas é Gene Simmons, do Kiss, quem melhor define. "Que tipo de banda é o Rush? É o Rush", simplifica.

A dupla de diretores canadenses Sam Dunn e Scot McFadyen têm know-how quando o assunto é rock: o documentário sobre a banda conterrânea é o terceiro que fazem sobre o tema. Em 2005, lançaram Metal: A Headbanger's Journey e, no ano passado, Iron Maiden: Flight 666, em que acompanharam a banda inglesa em sua gigantesca turnê por todos os continentes. No terceiro trabalho, Dunn e McFadyen provaram da fidelidade dos fãs do Rush: o filme foi premiado pelo público no Festival de Tribeca deste ano.




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