O tom otimista do comunicado no qual a Petrobras anunciou, na noite de quinta-feira, a nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos levaram os analistas Emerson Leite, Vinicius Canheu e Fabiano Custodio, do Credit Suisse, a acreditar em um bom potencial da área. Em seu relatório, o banco reiterou a perspectiva de que as ações da empresa permaneçam com desempenho superior ao do mercado.

Os papéis da estatal iniciaram o dia em alta sexta-feira, ajudando a puxar o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo), mas encerraram o pregão com queda de 0,28%, destoando do fechamento do Bolsa, de alta de 1,11%.

"Considerando que a nova descoberta está localizada em águas rasas, ela pode apresentar menores custos de produção e desafios de desenvolvimento em comparação ao recente anúncio de grandes reservas de óleo na área pré-sal", disseram analistas. O Credit Suisse já trabalha com preço-alvo de US$ 107 para os papéis da Petrobras negociados em Nova York ( ADR).

"Acreditamos que as notícias positivas a respeito da atividade de exploração contribuirá para a manutenção das ações da companhia em alta", diz o relatório dos analistas.

Também em um relatório divulgado pelo Unibanco, os analistas Vladimir Pinto e Marcelo Lima reiteraram a recomendação de compra para as ações da Petrobras.

A Socopa considerou a notícia bastante positiva, devido à localização da descoberta e pela qualidade do óleo.

Segundo a empresa, o óleo encontrado está acima da camada de sal e possui 36 graus de API (classificação que permite qualificar o valor do óleo - quanto mais próximo de 50, melhor). O óleo está localizado em águas em que a profundidade é de 235 metros.

A descoberta foi confirmada com a produção de petróleo em reservatórios situados a cerca de 2.080 metros de profundidade.

A companhia informou que dará continuidade às atividades exploratórias no bloco BM-S-40, conforme estipulado pelo Contrato de Concessão, com a perfuração de um novo poço exploratório com o mesmo objetivo, e início previsto para junho de 2008.