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Espondiloartrose cervical - Dr. Leo Kahn

Doença degenerativa inespecífica que compromete as articulações da coluna cervical

Dr. Leo Kahn
19/09/2014 | 07:00
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Doença degenerativa inespecífica que compromete as articulações da coluna cervical, entre as vértebras, disco intervertebral ou no corpo da vértebra.

Geralmente são neoformações ósseas chamadas de osteófitos e conhecidos também como bicos de papagaio. Podem levar a estreitamento dos forâmens neurais, causando compressões das raízes nervosas periféricas que emergem da coluna cervical.

Acomete mais o sexo masculino acima de 50 anos, com histórico de sedentarismo, obesidade e hereditariedade. As fraturas e doenças reumáticas também contribuem para desgastar as articulações e levar à calcificação das vértebras. Quando uma pessoa mais jovem sofre de dores nas costas, a origem do desconforto é muscular em 80% das vezes.

As dores cervicais e as limitações dos movimentos do pescoço são acompanhadas, muitas vezes, de uma sensação de “falta de lubrificação na coluna”. Essas alterações são extremamente frequentes com o avanço da idade e não tem maior importância.

Quando há o estreitamento do canal e dos forâmens vertebrais, ocorre a compressão de uma raiz nervosa, que manifesta-se por dor irradiada do pescoço para a escápula e um dos membros superiores, seguindo trajeto bem definido e constante.

Sensação de formigamentos ou de dormência desde o ombro até determinados dedos da mão também são sintomas do problema.

Sinais e sintomas:

- Dor no pescoço que pode afetar um ou os dois braços;

- Queimação ou sensação de formigamento no pescoço, ombros ou braços;

- Sensação de tontura ao virar a cabeça rapidamente;

- Sensação de ‘areia’ dentro da coluna na região do pescoço;

- Dificuldade em realizar movimentos com o pescoço;

- Pode haver zumbido no ouvido.

- O diagnóstico é realizado por meio do exame clínico. O médico pode utilizar exames de imagens complementares para comprovar a doença, tais como raios-X, tomografia computadorizada e em situações em que há dores nevrálgicas e irradiadas, até ressonância magnética pode ser imprescindível.

Saiba mais:

- A idade é o principal fator de risco.

- Com o avançar dos anos, os discos intervertebrais da região cervical perdem a elasticidade e diminuem sua resistência e altura, tornando-se mais vulneráveis a rupturas e degenerações. Secundariamente, ocorrem reações das vértebras adjacentes, levando à formação de osteófitos.

- O conjunto desses fatos pode levar à redução dos forâmens ou do canal vertebral e suas respectivas consequências.

- Não há uma causa única para a espondilose cervical. Pode haver uma predisposição nas pessoas cujo canal vertebral é congenitamente estreito.

- Pequenos traumas repetidos contribuem para que os discos intervertebrais sejam lesados progressivamente, iniciando o processo de espondilose.

- Algumas profissões e atividades esportivas aumentam o risco.

- Outro fator importante é o tabagismo, pois compromete a microcirculação sanguínea e prejudica a nutrição do disco.

- Os osteófitos, os ligamentos e as facetas articulares hipertrofiadas e os fragmentos discais protruídos, em conjunto, reduzem o canal e os forâmens vertebrais, levando a compressão da medula e das raízes espinhais.

- Evite traumas contra a cabeça, o pescoço e o ombro, sobretudo se repetitivos.

- Cuidado com a má postura ao dormir (usar travesseiro muito mole, deitar lendo ou assistindo TV, posicionar a cabeça apoiada no braço do sofá, etc).

- Evite posições viciosas do pescoço, como pescoço muito fletido, torcicolos, encolhimento dos ombros em demasia, que levam à fadiga crônica e, posteriormente, à espondilose cervical.

- O médico e o fisioterapeuta deverão avaliar as necessidades do paciente e traçar um plano terapêutico com objetivos a curto e médio prazo.

Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para
leo.kahn@uol.com.br ou visite o site www.vivaintegral.com.br 




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