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Prefeitura de Mauá cobra segunda parcela antes da primeira

Em carta, Paço de Mauá solicita pagamento fora da data de vencimento, estipulada em decreto

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
26/09/2013 | 07:00
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Montagem/DGABC


A Prefeitura de Mauá mandou carta para os munícipes cobrando o pagamento da segunda parcela referente à contribuição de melhoria de extensão de rede de iluminação pública. O prefeito Donisete Braga (PT) assinou decreto que marcou para o dia 20 de novembro o pagamento em cota única ou da primeira parcela do imposto.

No começo do mês, a Secretaria de Finanças enviou notificação aos contribuintes informando que apenas o primeiro pagamento foi transferido por 90 dias “permanecendo as demais parcelas com os vencimentos originais”. Portanto, o cidadão que resolveu dividir o valor deveria acertar a segunda parte do débito no dia 20, dois meses antes da primeira.

O desencontro de informações fez com que o vereador Manoel Lopes (DEM) entrasse com requerimento solicitando explicações do Paço. “Quando apresentei o documento no gabinete (do prefeito), todo mundo ficou estarrecido, mas ninguém fez nada”, disse.

A Prefeitura admitiu que houve um erro no comunicado e reiterou que o decreto assinado pelo chefe do Executivo é o que vale. Os munícipes devem pagar o tributo apenas em novembro. Foram enviados 1.262 carnês de cobrança – 1,8% dos 69.960 imóveis registrados no Cadastro Imobiliário Fiscal. O valor da taxa varia, mas geralmente ultrapassa os R$ 100.

Diversas reclamações foram protocoladas na praça de atendimento da Prefeitura, o que motivou o prefeito a adiar o pagamento – a administração alegou que o risco de haver equívoco nos envios dos carnês.

SESSÃO

Os vereadores aprovaram ontem em definitivo a autorização para o Executivo repactuar a dívida com a Caixa Econômica Federal. O aval do Legislativo era exigência do Tesouro Nacional para dar sequência ao processo de renegociação. A pendência de R$ 469 milhões será paga em 20 anos, com a retenção de 45% do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Manoel Lopes mudou seu voto de terça-feira para ontem e foi contra a propositura. O democrata reiterou que as garantias dadas à União estão previstas no artigo 4 da lei. “Pelo que eu vejo aqui, somente os repasses constitucionais de Educação e Saúde não serão mexidos. Não há garantia que o dinheiro vai sair do fundo” , criticou.

O presidente da Câmara, Paulo Suares (PT), declarou que a minuta do contrato entre Prefeitura e Caixa prevê a origem do pagamento. “O texto deixa claro que a garantia é o FPM. Os valores são condizentes com a situação financeira da Prefeitura”, defendeu o petista.

A equiparação salarial dos agentes de Saúde também foi aprovada em segundo turno pelos parlamentares.




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