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ONG espera 20 mil em Parada Gay

Evento acontecerá no domingo nos bairros Campestre e Jardim; 210 policiais acompanharão ato

Fabio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
19/06/2013 | 07:00
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Cerca de 20 mil pessoas são esperadas para a Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), que será realizada no domingo a partir do meio-dia em Santo André. A estimativa é da ONG ABCDS (Ação Brotar Pela Cidadania e Diversidade Sexual), organizadora do ato. A Polícia Militar espera 5.000 participantes. Esta será a nona edição da passeata na cidade.

O presidente da instituição, Marcelo Gil, acredita que os protestos realizados em todo o País pela redução das tarifas do transporte municipal irão impulsionar a manifestação em Santo André. “Isso nos dará força. Além disso, estamos fazendo parte da luta com o pessoal do Movimento Passe Livre.” A concentração para o ato será no cruzamento das ruas Catequese e Nove de Julho, que é continuação da Avenida Industrial.

Neste ano, o tema da parada é Nosso maior desafio é o preconceito velado: a homofobia mata. “Muitos homossexuais não saem do armário porque sabem que não terão a compreensão da população, além de políticas públicas que garantam seus direitos”, comenta. Gil afirmou que também serão feitos protestos contra o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Ontem, o grupo de parlamentares aprovou projeto de lei que aprova a ‘cura gay’ (leia abaixo). “Isso é um retrocesso que irá ter como consequência o aumento da violência homofóbica. Eles têm que trazer a cura para a Educação e a Saúde”, critica.

O comandante da Polícia Militar, coronel Mauro Ricciarelli, afirmou que 210 homens da corporação irão acompanhar a manifestação. “Nos outros anos a parada foi tranquila e esperamos que não haverá problemas neste ano.”

SÃO CAETANO

Em novembro será realizada a primeira Parada Gay em São Caetano. Ainda não foi definido o percurso. A organização diz não ter sido recebida pela Prefeitura para definir os detalhes. A administração municipal não se manifestou.

Comissão aprova projeto sobre ‘cura’ para homossexuais

A comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados aprovou ontem proposta que permite a psicólogos oferecer tratamento para a homossexualidade – a chamada “cura gay”, segundo críticos.

A votação foi comandada pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente do grupo, e um dos alvos de críticas de manifestantes que, na véspera, ocuparam a marquise do Congresso Nacional. Ontem, em redes sociais, rebeldes já planejavam protestar contra a aprovação.

O projeto, do deputado João Campos (PSDB-GO), suspende dois trechos de resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia. Um deles determina que esses profissionais não podem colaborar “com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.

O outro impede que psicólogos emitam opiniões públicas que reforcem “preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”. Nos últimos dois meses, a votação foi adiada cinco vezes. A aprovação ontem, em votação simbólica, representa vitória da bancada evangélica – nove dos dez deputados presentes são evangélicos.

Para defensores do projeto, a resolução do conselho limita a liberdade de atuação dos psicólogos. Para entidades de direitos humanos, ela é preconceituosa. (da Folhapress) 




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