A Petrobras e a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), a petrolífera estatal boliviana, concluíram acordo para que a empresa brasileira continue explorando e produzindo gás nos campos bolivianos de San Alberto e San Antonio, em Tarija.

De acordo com a Petrobras, o contrato, assinado às 23h de sábado em La Paz (0h de domingo no Brasil), determina as novas condições para a exploração e produção de gás. O acordo será enviado ao Congresso Nacional boliviano para avaliação final. O preço do gás e das refinarias bolivianas pertencentes à Petrobras não foi abordado no encontro.

No dia 1º de maio, o governo boliviano anunciou a edição do decreto que transfere para a YPFB o controle das operações de extração e comercialização de gás e petróleo no país. A medida previa prazo de 180 dias para as empresas se adaptarem às novas regras.

Desde sua entrada na Bolívia, a Petrobras e seus parceiros já investiram no país US$ 1,5 bilhão – dos quais US$ 1 bilhão correspondem à parte da empresa brasileira nos investimentos. A atividade da estatal na Bolívia representa 20% da economia daquele país.

Responsável por mais de 90% do refino na Bolívia, na ocasião da nacionalização,  a Petrobras importa diariamente de 25 a 27 milhões de metros cúbicos de gás natural. O contrato, que vai ate 2019, prevê a importação de um volume total de 30 milhões de metros cúbicos por dia para atender a pouco mais de 50% do mercado brasileiro, principalmente nas regiões Sudeste e Centro Oeste do país.

Concluída esta primeira etapa das negociações, a Petrobras e a Bolívia continuarão as negociações que dizem respeito ao preço do gás natural destinado ao país. Petrobras e Bolívia discordam da necessidade de um reajuste extra, além do previsto no contrato – e que é feito trimestralmente com base na variação de uma cesta internacional de óleos.