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Dupla divide troféu Shell de melhor ator
19/03/2009 | 07:00
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Com 40 minutos de atraso, por causa do forte temporal que caiu sobre a Capital terça-feira, teve início a 21ª edição do Prêmio Shell de Teatro, na Estação São Paulo, em Pinheiros. Apresentada pela atriz Beth Goulart, que ganhou o troféu em 2001 por sua atuação em Decadência, a premiação transcorreu de forma sucinta, sem dar tempo para quaisquer gafes.

A homenagem deste ano foi dedicada a Jacó Guinsburg, "pela contribuição ao pensamento crítico do teatro no Brasil", além de ser o responsável pela formação de muitos dos artistas que se encontravam ali. Aos 87 anos e com alguma dificuldade para se locomover, arrancou aplausos ao dedicar o prêmio a Guita, "minha companheira de vida", e a Sábato Magaldi, Anatol Rosenfeld, Décio de Almeida Prado e Maria Teresa Vargas. "Foram pessoas que tiveram na minha vida um papel de muita importância", afirmou humildemente o professor da USP.

A premiação, que concede um troféu esculpido pelo artista plástico Domenico Calabroni, além de R$ 8 mil para cada vencedor, foi dividida em nove categorias: autor, cenário, figurino, iluminação, música, categoria especial, diretor, ator e atriz.

Isabel Teixeira venceu na categoria de melhor atriz por Rainha(s) - Duas Atrizes em Busca de um Coração e foi quem fez o discurso mais crítico da noite. Após receber o troféu, lembrou que foi a apresentadora da ocasião que disse certa vez que "o importante é resistir". Além de agradecer a equipe e amigos, soltou a ironia: "Ah, sim. Gostaria também de agradecer ao governo pelos 20, 25% que pagamos de impostos. Mas a gente resiste." Rainha(s) quase naufragou quando, no dia 19 de dezembro de 2008, aumentaram a alíquota de 4,5% para 20,25% sobre o montante captado pela produção. No último dia 13, o governo admitiu o erro.

Na categoria de melhor ator, o júri, formado por Kil Abreu, Valmir Santos, Marici Salomão, Mario Bolognesi e Noemi Marinho, entendeu que dois profissionais deveriam ser premiados, excepcionalmente. Domingos Montagner e Fernando Sampaio, levaram por A Noite dos Palhaços Mudos. O diretor Álvaro Assad subiu ao palco no lugar da dupla.

Outros agraciados foram: Marçal Aquino e Marília Toledo, por Amor de Servidão (autor); Renato Bolelli Rebouças, por Arrufos (cenário), Silvana Marcondes, Fernando Sato e Júlio Dojcsar, por O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado (figurino); Felipe Cosse e Juliano Coelho, por Aqueles Dois (iluminação); Josimar Carneiro, pela direção musical de Divina Elizabeth (música); Centro de Pesquisa Teatral (CPT) do Sesc, pelos dez anos do projeto prêt-à-porter (prêmio especial) e Marco Antônio Braz, por A Alma Boa de Setsuan (diretor).




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