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Diadema terá R$ 38 milhões para obras
Por Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
18/07/2006 | 07:40
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O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Demian Fiocca, esteve segunda-feira na Prefeitura de Diadema para anunciar a liberação de R$ 38,3 milhões para a administração. A quantia servirá para implementar o PMI (Programa Multissetorial Integrado) – estimado em R$ 64,3 milhões – que envolve obras nas áreas de saneamento básico, meio ambiente, transportes e infra-estrutura urbana.

O repasse só poderá ser feito após as eleições, em função da lei eleitoral. A administração terá de devolver o valor ao BNDES dois anos após a liberação dos recursos, em pagamentos semestrais.

Fiocca – que foi recepcionado pelo prefeito em exercício Joel Fonseca (PT) – além de anunciar o termo de cooperação financeira, também tratou de se inteirar sobre o andamento das obras que fazem parte do programa. Como o pedido de financiamento foi feito em 2003, a Prefeitura iniciou alguns projetos por meio da contrapartida, já que é responsável por 40% (R$ 26 milhões) do investimento, e o Banco, por 60% (R$ 38,3 milhões).

Segundo o secretário municipal de Obras, Luiz Carlos Theophilo, cerca de 80% dos recursos da administração – essencial para liberação da verba do BNDES – já foram investidos.     “Só no Quarteirão da Saúde foram R$ 18 milhões”, disse.  A obra, prevista para ser entregue em dezembro deste ano, já teve prazo e custo revistos e foi aditada em quase R$ 15 milhões. Segundo Theophilo, assim que sair o dinheiro, as obras do projeto Via Fácil – construção de viadutos, prolongamento de avenidas e ruas, recapeamentos asfálticos e sinalização de trânsito – poderão ser iniciadas. “Acredito que dois anos são viáveis para implementarmos todos os projetos do programa”, disse.

O prefeito afirmou que o programa poderá proporcionar desenvolvimento não só a Diadema, mas a todo o Grande ABC. “A recuperação da Favela Naval, por exemplo, irá apagar a imagem negativa que foi projetada há alguns anos”, explica, dizendo que o núcleo habitacional também faz divisa com São Bernardo. O local ganhou notoriedade após o homicídio de um morador pelo ex-soldado Otávio Lourenço Gambra, o Rambo, em 1997. “Também teremos a reciclagem de resíduos sólidos, que melhorará o setor no município, e o início do Via Fácil, para facilitar o transporte na região”, completa.

Cosméticos – Joel Fonseca aproveitou a reunião para apresentar a Fiocca um pré-projeto para o setor de cosméticos no município. A idéia é implementar um centro de excelência com laboratório para as empresas. “Só para elas (empresas) fazerem este investimento fica difícil”, justificou. Segundo Fonseca, esta será uma forma de aumentar a competitividade do setor. Já o presidente do BNDES comprometeu-se a analisar a proposta e discuti-la futuramente com a administração.



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