Depois de gastos com IPVA, IPTU, com a matrícula da escola e o material escolar, o consumidor deve se preparar para arcar com uma despesa adicional na conta de telefone. É que as tarifas de ligações feitas de telefone fixo para celular e de planos básicos (de móvel para móvel) deverão sofrer reajuste até o final do mês. O reajuste ocorre a cada 12 meses e, no último domingo, se completou um ano da publicação do último aumento no Diário Oficial da União.

Neste ano, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deixou que as operadoras de telefonia negociassem entre si os preços, diferentemente de anos anteriores, quando a agência determinava o índice de reajuste de telefone fixo para móvel. A Anatel informa que objetivo da mudança é incentivar a concorrência entre as empresas.

Segundo a Abrafix (Associação Brasileira de Prestadoras de Serviço Fixo Comutado), que representa as operadoras de telefonia fixa, as negociações com as empresas de telefonia celular estão bastante avançadas, mas ainda não há um índice definido. Até a última semana, as operadoras tinham dificuldade de chegar a um acordo e reivindicavam a arbitragem da Anatel.

Embora possam negociar a tarifa de interconexão – espécie de pedágio pago pelas operadoras fixas para usar a rede móvel –, as companhias não poderão ultrapassar o IGP-DI acumulado de fevereiro de 2004 a janeiro de 2005 e terão de apresentar o índice de reajuste à Anatel. Até dezembro do ano passado, o IGP-DI chegou a 12,24%.

O IGP-DI também será utilizado pela agência para fixar o aumento médio do planos básicos (de celular para celular), que as operadoras são obrigadas a oferecer a seus clientes. No entanto, menos de 10% dos mais de 62 milhões de usuários de celular no Brasil optam por esse plano. Os planos de minutos e pré-pagos já sofreram reajuste, de acordo com os aniversários, e não terão aumento neste mês.