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Partido de extrema direita entra na coalizão que governa Israel
Da AFP
23/10/2006 | 14:34
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O partido de extrema direita Israel Beitenu entrará na coalizão de governo do primeiro-ministro Ehud Olmert, depois de um acordo alcançado nesta segunda-feira.

"O primeiro-ministro Ehud Olmert e o chefe do Israel Beitenu, Avigdor Lieberman, assinaram um acordo sobre a entrada deste partido na coalizão de governo", afirmou um comunicado oficial.

No domingo, o governo do primeiro-ministro havia aprovado um projeto de lei que favorecia a participação na maioria parlamentar do partido chefiado por Lieberman. O projeto foi adotado por 12 votos contra 11 - pertencentes a membros do Partido Trabalhista e do Shass ortodoxo -, e uma abstenção, a do ministro da Saúde, Yaacob Ben Yzri, do Partido dos Aposentados.

O texto visa a transformar o atual sistema parlamentar em caráter presidencial para permitir maior estabilidade da política israelense.

 A imprensa israelense acredita que Lieberman poderá ocupar a pasta de Assuntos Estratégicos, criada expressamente para ele e encarregada de questões como a ameaça do Irã, inimigo jurado de Israel.

Com um discurso populista, o 'Israel Beitenu' recomenda um programa de intercâmbio de territórios e populações com a Autoridade Palestina, visando a criar dois Estados etnicamente homogêneos.

No entanto, a popularidade deste partido está em alta, segundo recente pesquisa que assinala que, se as eleições fossem realizadas agora, o grupo obteria pelo menos 20 das 120 cadeiras da Knesset.

Nos últimos dez anos os governos israelenses gozaram de uma média de vida de 18 meses devido a um sistema proporcional que favorece a emergência de pequenos partidos e impede a formação de maiores e mais estáveis.

A reforma permitiria que o primeiro-ministro fosse eleito por voto direto, paralelamente às eleições legislativas, e evitaria assim a possibilidade de ser destituído pelo Parlamento. Para sua entrada em vigor, o projeto de lei deve ser agora estudado e votado pelo Parlamento em várias leituras.




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