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Torcicolo

Distúrbio caracterizado pelo enrijecimento dos músculos do pescoço...

Leo Kahn
28/03/2013 | 00:00
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Distúrbio caracterizado pelo enrijecimento dos músculos do pescoço, fazendo com que os movimentos da cabeça se tornem muito dolorosos, limitados. A dor pode irradiar para a musculatura da região dorsal.

Geralmente se deve a doenças como o hipertiroidismo,  infecções do sistema nervoso, disquinésias tardias (movimentos faciais anormais produzidos pela ingestão de medicamentos antipsicóticos), tumores do pescoço e outras.

Tipos de Torcicolo: 

Congênito: considera-se que um trauma no nascimento ou mau posicionamento intrauterino possa causar danos ao músculo esternocleidomastoideo no pescoço, resultando em diminuição ou contração excessiva desse músculo, geralmente limitando a amplitude de movimentos tanto de rotação quanto laterais da cabeça, ficando inclinada na direção do músculo afetado e girada na posição contrária.

Repentino: decorrente de contractura muscular, resultado de  má postura do pescoço, movimento brusco, tensão, exposição ao frio e má posição ao dormir.

Dermatogênico: limitação de movimento do pescoço produzida por lesão extensa da pele da região, geralmente sequelas cicatriciais de queimaduras.

Labiríntico: rotação da cabeça como compensação de desequilíbrio do corpo por disfunção do labirinto localizado no ouvido interno.

Ocular: surge por paralisia de músculos extraoculares, como o oblíquo, frequentemente associados à rotação e inclinação da cabeça.

Reumático ou sintomático: causado pelas doenças reumáticas afetando os músculos do pescoço.

Secundário: ocorre após fraturas ou degenerações nas vértebras cervicais.

O torcicolo acomete uma em cada 10 mil pessoas, dez vezes mais frequente nas mulheres, pode se apresentar em qualquer idade, mas a sua incidência é maior entre 30 e 60 anos. 

A incidência do congênito é de 0,3% a 2%, aparece com 2 a 4 semanas de idade e geralmente desaparece gradualmente, entre 5 e 8 meses de vida, mas algumas vezes ocorre uma fibrose. 

Sinais e Sintomas:
Espasmos dolorosos e agudos dos músculos do pescoço, que começam de repente e se apresentam de modo intermitente ou contínuo. Normalmente só é afetado um lado do pescoço, fazendo com que a cabeça se incline e rode na direção desse músculo.

Cerca de 30% desses indivíduos apresentam também espasmos nas pálpebras, na face, na mandíbula e nas mãos.

O diagnóstico é feito pelo médico que, através do histórico do distúrbio na criança ou no adulto, fará investigação detalhada em lesões anteriores e outros problemas do pescoço, podendo realizar exames de radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética para determinar as causas específicas dos espasmos. 

SAIBA MAIS:
- O torcicolo varia de ligeiro a grave e permanente. 
- Não é raro o espasmo aparecer subitamente, sem causa aparente, ou mesmo durante o sono.
- Cerca de 10% a 20% das pessoas que dele sofrem se recuperam sem tratamento em até cinco anos.
- Pode persistir por toda a vida, provocando dores contínuas, mobilidade restringida do pescoço e deformidades posturais.
- A avaliação de crianças e seu histórico médico é essencial para determinar as circunstâncias do nascimento e qualquer possibilidade de trauma ou sintomas associados.
- O torcicolo causa dores intensas que geralmente passam com o repouso, entretanto há casos em que pode exigir intervenção cirúrgica.
- Em algumas pessoas o torcicolo reaparece com frequência durante alguns anos.
- Pode-se evitá-lo com controle de estresse, ansiedade, sentimento de insegurança e sedentarismo.
- Pratique atividades físicas pelo menos três vezes por semana. 
- Faça sempre alongamento, inclusive do pescoço, antes das atividades.
- Utilize colchões firmes e travesseiros que tenham a altura certa para deixar seu pescoço em posição confortável. 
- Durma sempre de lado, com o quadril e os joelhos levemente dobrados, que é a posição correta para a coluna. 
- Evite deitar-se e dormir em sofás.
- Geralmente em um a dois dias o torcicolo desaparece, caso isso não ocorra, consulte um médico, que pode ser o clínico geral, um ortopedista, um fisiatra ou um neurologista.

* Se voce tem duvidas sobre saude, envie um e-mail paraleo.kahn@uol.com.br ou visite o blog www.topblog.com.br/endocrino.




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