Márcio Bernardes Titulo
Roteiro de um fracasso

Gerasime Bozikis, o Grego, assumiu a Confederação Brasileira de Basquete em 1997. De lá para cá a modalidade coleciona uma série de insucessos

Especial para o Diário
22/07/2008 | 00:00
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Parte1: Gerasime Bozikis, o Grego, assumiu a Confederação Brasileira de Basquete em 1997. De lá para cá a modalidade coleciona uma série de insucessos e fracassos. O Brasil ficou em décimo lugar nos mundiais de Atenas em 1998, em oitavo em Indianápolis em 2002 e na vergonhosa 19ª colocação no Japão, em 2006. Conquistou o vice-campeonato Sul-Americano em 2001 e 2004, ambos vencidos pela Argentina. Em 2003 não passou do sétimo lugar no Pré-Olímpico e agora, mais uma vez, ficará fora de uma Olimpíada.

Parte 2: o pivô alemão Dirk Nowitzki pagou do próprio bolso à NBA o seguro de US$ 200 mil. Assim, ele foi liberado para defender a sua equipe e acabou sendo peça fundamental na conquista da última vaga para Pequim pela Alemanha.

Parte 3: o Brasil, com seus melhores jogadores, faz papelão no Pré-Olímpico de Las Vegas. Numa disputa de egos e poder, sobrou para o técnico Lula Pereira, que se desgastou com alguns atletas que se sentem acima do bem e do mal.

Parte 4: Leandrinho, Anderson Varejão, Guilherme Giovannoni, Paulão e Valtinho alegaram problemas físicos, de saúde ou pessoais e não atenderam a convocação para defender a seleção na Grécia.

Parte 5: apesar do esforço de alguns jogadores que atuam na Europa e em nosso País, do pouco tempo de trabalho do bem intencionado técnico espanhol José Manuel Moncho Monsalve e de uma fraca participação no torneio de Atenas, o Brasil perdeu a última chance de ir a Pequim.

Epílogo: o basquete masculino brasileiro precisa de uma radical transformação. Grego deveria deixar para os clubes a organização de grandes campeonatos nacionais. Precisamos de organização, empenho e competência nos torneios realizados no País, desde os infantis até as séries profissionais.

Com a CBB deveriam ficar as seleções. Com mais amor, vontade e menos vaidade.

MAIS HUMILDADE E INTELIGÊNCIA
Felipe tem inegáveis qualidades. É um grande goleiro e a sua competência está comprovada. Não é, no entanto, humilde e agregador.

O frango que engoliu no último sábado no Pacaembu deveria servir de exemplo para Felipe. Ninguém é imbatível e dono da verdade. Ninguém está acima do bem e do mal.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.br




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