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Endividamento chega a 53% de paulistanos, diz pesquisa
22/07/2008 | 07:08
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Mais da metade dos paulistanos está endividada, revelou a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). O nível de endividamento em julho corresponde a 53%.

O indicador, que vinha registrando estabilidade desde fevereiro, apresentou alta de quatro pontos percentuais na comparação com junho. Em relação a julho de 2007, houve queda de três pontos percentuais.

Quanto ao nível de inadimplência, a pesquisa mostrou que 35% dos paulistanos têm contas em atraso, o que representa elevação de dois pontos percentuais em relação a junho, e queda de quatro pontos percentuais ante o mesmo período do ano passado.

Para a assessora econômica da Fecomercio-SP Kelly Carvalho, as recentes pressões inflacionárias, principalmente no preços dos alimentos, e a expansão da oferta de crédito estão entre as causas do aumento do endividamento. Os que ganham até três salários mínimos são os que mais possuem dívidas e contas em atraso.

Kelly considera preocupante que a maioria dos endividados se concentre entre os paulistanos com menor renda, já que esses são justamente os que têm o orçamento mais comprometido com gastos com alimentos, e, conseqüentemente, sentirão mais a alta do preço desses produtos. Por isso, ela projeta um avanço nos níveis de inadimplência para o segundo semestre do ano.

Entre as contas em atraso, predomina o período superior a 90 dias. O prazo médio de comprometimento da renda é em geral entre três meses e um ano. Dos consumidores ouvidos, 64% declararam a intenção de pagar total ou parcialmente dívidas em atraso, parcela menor do que em junho, quando 67% declararam estar dispostos a quitarem dívidas.

A falta de controle financeiro motivou a inadimplência para 33% dos consumidores, seguida pelo desemprego (22%). O cartão de crédito continua sendo o vilão das dívidas, para 45% dos consumidores. E para 22% são os carnês.

O tipo de despesa que mais gerou dívidas foram aquelas relacionadas à habitação (23%), eletrodomésticos (14%), vestuário (13%) e alimentos (10%).

A Peic é apurada mensalmente pela Fecomercio-SP e ouve cerca de 1.360 consumidores na Capital.




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