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Vereadores querem investigar Fundação
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
29/07/2007 | 07:37
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A Fundação Santo André continua na mira do Legislativo. Nem mesmo a audiência pública realizada em meados do mês passado foi suficiente para convencer os vereadores de que não há problemas na instituição.

O governista Donizeti Pereira (PV) e o oposicionista Paulinho Serra (PSDB) prometem fazer barulho na volta do recesso, agora em agosto.

A idéia é conversar com os demais parlamentares e pedir, ao menos, a instalação de uma Comissão para Assuntos Relevantes para analisar a série de denúncias que a Casa vem recebendo acerca da administração do reitor Odair Bermelho desde o final do ano passado.

A Fundação Santo André afirmou, por meio da assessoria, que não se manifestará a respeito enquanto não houver nada oficializado.

INVESTIGAÇÃO
“Tratam-se de denúncias graves. Não podemos mais ficar de braços cruzados diante de tantos problemas e não tomar providências”, adianta Serra. Ele afirma que, independentemente da movimentação do Legislativo com relação ao caso, entrará com representação no Ministério Público de Santo André.

O tucano acredita que por se tratar de uma fundação é preciso preservar o interesse público, algo, segundo ele, que não vem sendo feito. “Não podemos passar em branco nesta história. Alguma medida tem de ser tomada. A promotoria de São Paulo está analisando o caso também, mas até agora não deu qualquer resposta. Por isso quero que o MP aqui fique com o caso”, diz Serra.

Donizeti diz que a melhor maneira de encerrar as especulações é o Legislativo tomar a frente da questão. “Essa é a minha idéia. Irei propor algum tipo de investigação. Não sei se CPI ou mesmo uma comissão de Assuntos Relevantes, talvez o ideal neste momento. Caberá ao conjunto da Câmara decidir. Sei que muitos vereadores também ficaram descontentes com o resultado da audiência. Por isso, espero ter a anuência deles.”

Segundo o governista, a investigação é a única saída para o caso. “Somente assim conseguiremos zerar a discussão e eliminar as dúvidas. Não tem outro jeito, até porque não podemos continuar a achar normal, a cada mês, receber novas denúncias”, considera.

PROBLEMAS
Entre as diversas denúncias citadas pelos vereadores envolvendo a Fundação, a principal delas dá conta de um suposto cabide de emprego a fim de beneficiar pelo menos 30 pessoas ligadas ao reitor.

Uma lista foi veiculada com alguns nomes que receberiam salários entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, mas não trabalhariam regularmente ou mesmo exerceriam funções em outros empregos no horário em que deveriam estar na Fundação.

Há, também, apontamentos em fraudes envolvendo concursos públicos, contratação de funcionários, recebimento de verba de convênios que não foram realizados, superfaturamentos em obras sem licitações, viagens particulares pagas com recursos da Fundação, entre outras.




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