Na noite de quarta-feira foi preso Leandro Lopes Badolato, 21 anos, acusado do assassinato o carcereiro Elias Pereira Dantas, 44 anos. Dantas trabalhava no 4º DP de Santo André no bairro Jardim e foi morto com dez tiros na cabeça no dia 14 de maio na Vila Califórnia, em São Paulo. O carcereiro foi uma das vítimas da facção criminosa durante a primeira onda de atentados no Estado.

Por volta das 20h15 de quarta-feira, três viaturas da PM faziam ronda na rua Piedade dos Gerais, na Vila Formosa, na Capital. Na altura do número 13, encontraram um grupo de 11 pessoas conversando. Os policiais desconfiaram e abordaram o bando. Parte do grupo fugiu. Além de Leandro, conhecido como Toquinho, foram presos em flagrante Rodrigo Andrade Custódio, 22 anos, Rafael Pinheiro da Silva Filho, 20 anos, e Rodrigo Gonzalez, 25 anos. Todos haviam saído da prisão recentemente.

Com Toquinho, foi encontrada um calibre 38. Com seu colega Rafael, os PMs acharam um colete à prova de balas. Durante as diligências, os policiais encontraram ainda outro colete e munição no quintal de uma casa. Segundo o delegado-assistente do 58º DP da Vila Formosa, Jesus Roberto de Carvalho Júnior, o resto do bando teria jogado o colete e as cápsulas dentro da residência enquanto fugiam da polícia.

“Temos certeza de que todos que estavam no bando têm envolvimento com facção criminosa. Eles não confirmaram, mas temos indícios disso”, diz o delegado. Segundo ele, na noite de quarta-feira o Disque-Denúncia recebeu a informação de que o 32ºDP de Itaquera seria atacado na tarde de quinta-feira. Um dos criminosos que faria isso estaria vestindo uma jaqueta com as cores do Brasil. “O Rodrigo Andrade Custódio, estava com jaqueta com a mesma descrição”, afirma o delegado.

Os quatro homens foram presos em flagrante e serão autuados pelo 58ºDP de São Paulo por formação de quadrilha ou bando armado e porte de armas. O suspeito do assassinato do carcereiro de Santo André será indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar) pela a equipe I-Leste da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo.

O investigadores da I-Leste chegaram a Toquinho por meio de provas testemunhais. “Ele e outro rapaz cometeram o crime num lugar muito movimentado, onde havia inúmeras testemunhas oculares. Tínhamos apenas o apelido dele. Através das investigações descobrimos o seu nome e a ficha criminal”, explica o delegado assistente da I-Leste, Célio Luiz Ferreira. Segundo Ferreira, Leandro esteve detido no 4º DP de Santo André e onde teria conhecido o carcereiro assassinado.