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Docentes de escola de idiomas têm dificuldades para se vacinar

Trabalhadores prestam serviço para unidades de educação básica e reclamam de burocracia

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
16/06/2021 | 00:06
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Grupo de 22 professores e funcionários de uma escola de idiomas de São Bernardo que presta serviço terceirizado para outras escolas de educação básica do município e de São Paulo afirmam que não têm conseguido concluir o cadastro no site do governo do Estado de São Paulo para poderem se vacinar contra a Covid-19.

Segundo a coordenadora da escola, Corina Araújo Brenner, os trabalhadores possuem vínculo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e prestam serviço como terceirizados nas unidades de ensino básico. Corina explicou que, depois que houve mudança na faixa etária dos profissionais que estão elegíveis para a imunização, entre 18 e 46 anos, além do cadastro no site Vacina Já, os docentes precisam que a Diretoria Regional de Ensino também valide os seus contratos de trabalho, antes da emissão do QR Code que será usado para o cadastro no site da Prefeitura.

“Isso deixou todo o processo mais burocrático. Apenas os professores mais velhos conseguiram se vacinar, já os que são mais novos, que têm entre 22 e 30 anos, não conseguem nem concluir o cadastro no site do governo do Estado”, detalhou. A coordenadora explicou, também, que os trabalhadores são contratados como instrutores de ensino. “Cheguei a ligar na Secretaria de Estado de Educação, a pessoa que me atendeu confirmou que eles têm direito à vacina, mas nem ela soube como nos ajudar”, lamentou.

Corina acredita que a demora pode estar relacionada à nova exigência de que a Diretoria Regional de Ensino valide os contratos de trabalho. “Isso não era exigido antes. Com essa mudança, deve ter sobrecarregado quem precisa fazer o trâmite e está bem complicado”, afirmou. “Nossos professores acabam estando em mais risco, porque eles lidam com muitas turmas diferentes”, concluiu a coordenadora.

Questionada, a Seduc (Secretaria de Estado da Educação) informou que a vacinação dos profissionais da educação básica encontra-se na terceira fase, com a imunização de todos os profissionais das redes municipais, estadual, federal e particular a partir dos 18 anos que atuam nas unidades de ensino e nos setores administrativos, como secretarias e órgãos centrais.

No caso dos professores da escola de idiomas, de acordo com a Seduc, o problema se dá porque eles são registrados como instrutores de ensino, função que não está prevista no cadastro e na norma técnica em vigor. A não ser que a norma seja alterada, esses profissionais terão que esperar a vacinação por idade da população em geral, de acordo com o calendário divulgado pelo governo estadual. 




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