Olho gordo, inveja, perseguição. Sentimentos negativos em direção ao Santos, líder do Campeonato Paulista e de seu Grupo (8) da Libertadores. O técnico do Peixe se diz “preocupado” com as atitudes extra-campo do São Paulo. Uma briga que começou no clássico do último final de semana, se encorpou terça-feira e que promete refletir no desempenho do Peixe nesta quarta-feira, às 21h45 (Sportv), contra o Gimnasia y Esgrima (ARG), na Vila Belmiro.

Terça-feira, no CT Rei Pelé, os santistas falaram pouco sobre o duelo que vale a liderança isolada do Grupo 8 da Libertadores. As declarações de Leandro – que chamou Luxemburgo de mau caráter – e o risco de perder o mando de campo nas finais do Paulistão deixaram Luxemburgo irritado.

“Estou pasmado. Dei um abraço caloroso no Muricy (Ramalho, técnico do São Paulo) no final do clássico (que terminou empatado na Vila). Depois, vieram declarações irresponsáveis e algumas atitudes, como a de tirar os jogos finais da Vila, que me preocupam bastante. Com certeza, há algo por trás. Tem alguém interessado nisso tudo”, afirmou o treinador do Santos.

Luxemburgo chegou a relembrar a época gloriosa que viveu no Palmeiras em 1993 e 94. “Esse filme eu já conheço. Quando montamos um grande time com o Palmeiras, inventaram o esquema Parmalat. O Telê (Santana, técnico do Tricolor na época) dizia que a arbitragem era comprada, que tudo era a nosso favor. E hoje, na verdade, não querem que o Santos ocupe espaço”, disse Luxemburgo, acusado pelos são-paulinos de ter mandado seus jogadores baterem no clássico.

“As pessoas falam as coisas, elas crescem e viram verdade. O São Paulo é um grande clube e precisa entender que há outro time tão grande na atualidade”, completou.