Emerson Leão desembarcou em São Caetano sonhando com reforços. Sabia das dificuldades para contratar, principalmente por uma norma da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que impede a troca de atletas entre agremiações após seis partidas disputadas no Campeonato Brasileiro. Terça-feira, no primeiro treino do técnico no Anacleto Campanella, nada de caras novas. O reforço dado pela diretoria do Azulão foi a reforma do gramado, “um cartão postal da cidade” na visão do supervisor de Futebol, Carlos Eike Batista. Um tapete de presente para Leão, que sempre teve CTs (Centros de Treinamentos) à disposição nos grandes clubes – algo que não terá no time do Grande ABC.

Enquanto Leão comandava os trabalhos da intertemporada em Jarinu – entre os dias 18 de junho e 1º de julho –, o gramado do Anacleto era tratado. Já no início de junho, a empresa responsável pela manutenção – a mesma que cuida do estádio Bruno Daniel, do Santo André – plantou as sementes da bermudas de inverno, nome da espécie da grama, propícia para a estação. “É uma espécie diferente da usada no primeiro semestre, que serve para o verão. Resiste às baixas temperaturas”, explicou o supervisor do clube.

Apesar da beleza paisagística, o gramado não terá longevidade. “É uma grama que suporta dois jogos por semana. Não tem capacidade para agüentar treinos todos os dias, além das partidas que o calendário proporciona”, completou. Por isso que, ao mesmo tempo, a diretoria aproveitou para reformar o campo da Estância Santa Luzia, em Mauá, a segunda casa do São Caetano. O espaço, exclusivo para treinos, chegou a ser criticado no início do Brasileiro por Nelsinho Baptista, que vetou o campo por considerá-lo duro.

De volta pra casa – O São Caetano voltou a treinar terça-feira no Anacleto, após 15 dias em Jarinu. As baixas foram os volantes Zé Luís e Paulo Miranda, negociados no período da Copa do Mundo com o Verdy Tóquio (Japão) e Coritiba, respectivamente. A novidade foi o volante Daniel, ex-Santos e Juventude, que se incorporou ao grupo no interior.