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Mulher é morta em Ribeirão com 3 tiros
Por Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
28/07/2002 | 18:16
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A cozinheira Maria de Lourdes Leite, 43 anos, foi morta com três tiros na madrugada deste domingo quando surpreendeu assaltantes tentando entrar na casa de seu filho no Jardim Serrano, em Ribeirão Pires. Maria chegou a ser socorrida no Hospital Nardini, em Mauá, mas morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.

No mesmo terreno onde a cozinheira foi morta ficam três casas, a de Maria e de dois de seus oito filhos. Por volta das 4h30, ela ouviu barulhos vindos da casa de seu filho Alex Sandro Leite, que trabalhava nesse horário. A cozinheira levantou e foi ver o que acontecia.

Ao chegar na casa do filho, Maria se viu frente a frente com assaltantes que tentavam arrombar a janela do quarto da casa. Ao ver a cozinheira, um dos homens acertou um tiro no abdômen de Maria.

Mesmo ferida, quando tentava voltar correndo para sua casa, levou outro tiro, dessa vez nas costas. Nesse momento a cozinheira caiu no chão da porta de casa.

Com Maria caída no chão, o assaltante ainda deu um tiro em sua cabeça e fugiu em seguida. “Minha irmã escutou o barulho da correia e da minha mãe gritando, mas quando saiu da casa só viu minha mãe deitada no chão. Ela ainda perguntou se ela tinha reconhecido o assaltante, mas minha mãe já estava inconsciente”, disse Andréa Cristina Leite, 23 anos, que morava com a mãe e outros cinco irmãos.

A cozinheira ainda foi socorrida pelos filhos, que a levaram ate a USF (Unidade de Saúde da Família) do bairro São João, em Mauá, já que o bairro onde mora fica na divisa entre Ribeirão Pires e Mauá. Da USF, a vítima foi levada para o Hospital Nardini, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

De acordo com Andréa, essa não é a primeira vez que a família é vítima de assalto. “Já roubaram a casa do meu irmão, mas ninguém ficou ferido porque os ladrões entraram e levaram as coisas sem que ninguém tivesse visto. Agora aconteceu essa desgraça; é um choque muito grande para a nossa família porque nunca nos envolvemos com nada que justificasse esse assassinato.”

Área em que a polícia já fez várias prisões por porte ou tráfico de entorpecentes, o Jardim Serrano “estava mais calmo”, segundo a filha da cozinheira. “O bairro era perigoso antigamente, mas tinha melhorado. Por estar mais tranqüilo não imaginava que pudesse ocorrer um crime como esse com minha mãe”, disse Andréa.

O corpo da cozinheira Maria foi liberado do IML (Instituto Médico-Legal) de Santo André neste domingo durante a tarde e levado para Mauá. O enterro de Maria está marcado para acontecer às 9h desta segunda no Cemitério Santa Lídia, em Mauá, onde é velada desde domingo. O cemitério fica na rua dos Andradas, 160.




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