O show, marcado para meia-noite, atrasou e só teve início por volta das 2h da manhã. Cerca de 3,5 mil ingressos foram vendidos e a casa de espetáculos ficou praticamente lotada.

Antes do início do show houve tumulto em uma das salas nos bastidores, pois o cantor não quis dar entrevista a jornalistas.

Belo esteve detido durante 37 dias e só foi solto depois que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, concedeu uma liminar em habeas corpus em seu favor. Ele foi indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de armas.

As acusações contra o cantor são baseadas em escutas telefônicas promovidas com autorização judicial. O grampo mostra Belo pedindo armas ("tênis AR", que, segundo a polícia, é um código para o fuzil AR-15) em troca de dinheiro (R$ 11 mil) para a compra de drogas por traficantes do morro do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

A análise das fitas comprovou que a voz na gravação é mesmo do cantor Belo. Seu interlocutor seria Valdir Ferreira, o Vado, líder do tráfico de drogas no complexo de favelas. Caso seja condenado pelos crimes aos quais responde, o cantor pode pegar mais de 20 anos de prisão.